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sexta-feira, 26 julho, 2024

Argélia celebra o Dia do Conhecimento num contexto de reformas nos setores da educação

ARGEL (APS) – A Argélia celebra, terça-feira, o Dia do Conhecimento à luz das profundas reformas vividas nos sectores da educação e do ensino superior nacionais, que permitiram promover o papel do professor e a preservação da sua dignidade entre as prioridades do Estado.

Neste contexto, o Presidente da República, Abdelmadjid Tebboune, manifestou, em inúmeras ocasiões, a sua grande consideração pelos professores que descreveu como “portadores da responsabilidade de formar os jovens no espírito nacionalista”, recomendando ouvi-los, elevar o seu estatuto e melhorar a qualidade do sistema educativo através da realização de reformas profundas, tendo em conta que “o professor é um educador antes de ser um funcionário”.

Nos últimos cinco anos, o Presidente da República tomou decisões ousadas e importantes que materializaram o particular interesse que tem pela educação familiar, o que muito tem contribuído para a melhoria das condições socioprofissionais dos trabalhadores do sector.

O Estado assegura também as condições de sucesso dos estudantes dos três ciclos de ensino, que somam mais de 11 milhões de estudantes, além de cerca de 1,7 milhões de estudantes universitários, de forma a conseguir a transição para o futuro esperado.

Devido à importância do sector do ensino superior e da investigação científica no contexto desta transição, têm sido desenvolvidos textos legislativos ambiciosos e de incentivo à investigação científica, à inovação e à criação de startups, bem como à criação de novas universidades e faculdades e centros de excelência em ciências exatas e tecnologia.

O apego da Argélia em ter todas as ferramentas do conhecimento e do saber responde aos próprios objectivos e fundamentos do projecto civilizacional do estudioso Xeque Ibn Badis, efectivamente lançado em 1913 após conhecer o Xeque Mohamed Bachir El Ibrahimi, com quem decidiu travar uma luta intelectual , ao criar a Associação de Ulemas Muçulmanos Argelinos (AOMA) em 1931.

Consciente do poder dos meios de comunicação no processo de mudança, criou o jornal “El-Mountakid” em 1925, com outros jornais como “El-Chihab” e “El-Bassair”.

Esta revolução intelectual baseou-se num arsenal composto por cerca de 124 escolas, supervisionadas por 274 professores que tinham, até 1954, cerca de 40.000 alunos, além da criação, em 1947, em Constantina, do instituto Ibn Badis, estabelecimento de ensino secundário educação, dedicada à formação de professores e alunos.

O Xeque Ibn Badis deu uma dimensão política, social e cultural ao seu projecto de reforma, lançando as bases para o ensino da língua árabe e incentivando o surgimento de numerosas associações culturais e desportivas.

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