Buenos Aires (Prensa Latina) Após outra jornada de mobilização que repercutiu nas ruas de 20 províncias argentinas, os trabalhadores demitidos do parque gráfico da AGR-Clarín continuam em protesto à espera de uma data para se reunir com o ministro do Trabalho, Jorge Triaca.
Ontem, os funcionários que se mantêm há mais de 25 dias com a instalação ocupada, voltaram a bloquear as ruas e a marchar em vários pontos da nação, com respaldo de organizações políticas e sociais.
Além desse novo protesto, houve um pequeno avanço na tentativa de solucionar o conflito que mantém um grupo deles – de 380 que foram demitidos – em luta permanente por recuperar seus postos de trabalho.
Segundo difundiu no Facebook o secretário geral da Comissão Interna da AGR (Artes Gráficas Rioplatenses), Pablo Viñas, ontem se estabeleceu um compromisso do Ministério de Trabalho para que na segunda-feira se fixe uma data de reunião com o titular dessa pasta.
Temos proposto que não queremos somente uma reunião com o ministro Triaca, queremos soluções e a resposta é uma só: tem que reabrir a gráfica, tem que reincorporar os trabalhadores e a AGR deve voltar a funcionar.
Mas, acrescentou, funcionar não com trabalhadores flexibilizados, mas com os que têm direitos sindicais. Vamos insistir nesta reivindicação, que imponham à empresa o imediato pagamento da quinzena.
Viñas voltou a ratificar que o fechamento da empresa, que justificou as demissões sob o argumento da forte reconfiguração que atravessa o setor da impressão comercial, é completamente falso. Queremos que voltem atrás neste fechamento, que voltemos a pôr as impressoras em movimento. O Ministério de Trabalho tem que nos dar uma resposta, enfatizou.
AGR é a maior empresa gráfica do país, com 780 trabalhadores, entre os quais os 380 demitidos pertencem à sede do bairro de Buenos Aires, que conta com cinco impressoras rotativas, pelas quais vêm à tona várias revistas, guias telefônicos, livros, manuais escolares e folhetos de supermercados, suplementos.