Buenos Aires (Prensa Latina) Os trabalhadores da empresa gráfica argentina AGR, pertencente ao conglomerado Clarín, renovaram nesta quarta (12) a jornada de protesto para recuperar seus empregos, com uma mobilização em frente ao Ministério do Trabalho.
Desde 16 de janeiro, quando foram anunciados o fechamento e a demissão de seus 380 empregados, os funcionários da fábrica se mantiveram dia e noite dentro do local, com sede no bairro porteño de Pompeya, à espera de uma solução ao conflito, até serem expulsos no sábado passado por forças policiais.
Hoje marcharão da sede da União Industrial Argentina até as inmediações do Ministério de Trabalho, para ‘repudiar a determinação ministerial que respaldam as mentiras do Grupo Clarín, dando por verdadeiro um fechamento que é falso’, indicaram em um comunicado.
Segundo explicaram os gráficos, o documento foi apelado pelos trabalhadores e pelo sindicato.
Reivindicaremos mais uma vez que o governo garanta a reabertura da planta e a reincorporação de todos os trabalhadores com nosso Convênio Coletivo de Trabalho e organização sindical, ‘contra as demissões ilegais com as quais buscam nos substituir por mão de obra precarizada’, assinalaram.
AGR é a maior empresa gráfica do país com 780 trabalhadores, dos quais 380 pertencem a esta sede, fundada na década de 1990 primeiro em Lanús.
A empresa justificou as demissões ‘pela forte reconfiguração que atravessa o setor da impressão comercial’, mas os funcionários afirmam que é um fechamento falso porque as revistas continuam chegando às bancas.
Os empregados apontaram que, depois da desocupação, se mantêm custodiando o local com um acampamento em frente às grades verdes da fábrica, enquanto ratificaram a vontade ‘de brigar por seus postos com um plano de luta que inclui várias iniciativas’, segundo os organizadores do protesto.