Por Odalys Troya
Sobre este processo, Alirio Uribe, representante eleito na Câmara de Bogotá por esta força política, formada pelos mais diversos setores sociais e políticos, expressou otimismo e preocupação à Prensa Latina.
“Tudo indica que podemos vencer no primeiro turno, estamos a poucos pontos de ter metade mais um dos votos. Em Bogotá temos 55% da intenção de votar, então está tudo pronto para o dia 29”, explicou Uribe que é membro do Polo Democrático Alternativo.
No entanto, assegurou que estão preocupados que ganhem no primeiro turno, mas “o uribismo (seguidores do ex-presidente Álvaro Uribe) dirá de repente que cometemos fraude e é por isso que estamos pedindo que medidas sejam tomadas”.
“Temos júris eleitorais, testemunhas eleitorais e sabemos que vamos vencer. Fico (Federico Gutiérrez da seleção de direita da Colômbia) congelou, Uribe agora está enviando um voto para Rodolfo Hernández, mas acho que é tarde demais para eles”, explicou.
Nesse sentido, referiu-se ao recente movimento na mesa eleitoral em que a agora ex-candidata Ingrid Betancourt renunciou às suas aspirações presidenciais e expressou seu apoio a Hernández, que as pesquisas o colocam atrás de Petro, embora a uma distância considerável.
O advogado e político colombiano disse à Prensa Latina que está preocupado que os uribistas não aceitem os resultados das eleições de domingo, 29 de maio.
“As pessoas estão determinadas a mudar este país, não há como voltar atrás, vamos ganhar, eu acho, no primeiro turno, e se não fosse esse o caso, ainda vamos ganhar no segundo turno, e todas as pesquisas nos favorecem”, disse ele.
Alirio Uribe, que foi membro por 23 anos do coletivo de advogados José Alvear Restrepo, vice-presidente da Federação Internacional de Direitos Humanos de 1998 a 2006, foi juiz do Tribunal Permanente dos Povos em julgamentos éticos contra empresas estrangeiras por violações dos direitos humanos, destacou que as pessoas na rua dizem que vão votar em Petro e na França.
“O problema é que aqueles que governam há 200 anos, que criaram um estado mafioso, não vão dizer que vencemos em uma luta justa, por isso chamamos observadores internacionais e organizações como as Nações Unidas, entre outras, para verificar a transparência das eleições”, enfatizou.
Nas eleições marcadas para o próximo domingo, o eleitorado escolherá o presidente e o vice-presidente do país para o período 2022-2026.
A fórmula vencedora deve obter metade mais um do total de votos válidos, caso contrário, um segundo turno será realizado no dia 19 de junho entre os dois candidatos mais votados.
Quem obtiver a vitória nestas eleições decisivas governará por um período de quatro anos sem direito à reeleição.