La Paz (Prensa Latina) Este 192 aniversário de independência permite destacar que nos últimos 11 anos, com a liderança do presidente, Evo Morales, Bolívia tem feito realidade os sonhos ignorados pelos governos anteriores durante 180 anos.
Assim sintetizou o ministro da Presidência, René Martínez, em entrevista com Imprensa Latina e Telesur, a transcendência do fato histórico que em poucas horas celebrará o país neste domingo no amazônico departamento de Pando.
Na vida republicana anterior a 2006, o povo boliviano lutou por muitas reivindicações locais, regionais, nacionais, mas o velho Estado tinha uma falha estrutural constitutiva, excludente, marginais, elitista, subordinado aos interesses estrangeiros, assinalou.
A partir do esvaziamento do sistema político de partidos, a emergência ao governo do presidente Evo Morais veio a ser uma resposta de futuro, com a criação de um Estado Plurinacional fortalecido e uma nova Constituição Política, explicou Martínez.
Une-se ao anterior, precisou, o desenvolvimento de uma economia que mediante a nacionalização de seus recursos naturais permite gerar excedentes, riquezas, para as redistribuir em benefício de todas as famílias bolivianas.
Já não há mais esse Estado mendigo, recalcou, que tinha que ir mendigar inclusive para pagar sua própria burocracia estatal, e hoje Bolívia tem uma capacidade histórica de reservas internacionais que lhe permitem ser sujeito de créditos de grandes projetos.
Temos uma relação com entidades financeiras de igual a igual, agregou, e sublinhou o empenho governamental por conseguir fazer realidade todas as reivindicações regionais que sempre foram recorrentes e históricas por estar nas promessas incumpridas de políticos.
Com o presidente Morais muitos daqueles sonhos foram materializados, disse e citou como um dos exemplos o departamento de Chuquisaca, onde a reivindicação histórica de ter um aeroporto internacional já hoje é uma realidade.
Estes 11 anos marcaram uma meta reconhecida por politólogos, disse, um dantes e um depois com a chegada ao poder do presidente Evo Morales, que transformou uma Bolívia entreguista, esbanjadora de seus recursos naturais, atrasada, em um Estado Plurinacional com sua economia em favor das maiorias e os marginais.
Isso, dimensionou Martínez, nos permite superar a visão de subordinação ao investimento estrangeiro para ter uma economia soberana, com igualdade entre Estados, e projeções de novos horizontes para as futuras gerações.
Temos avançado bastante, reflexionou, para sublinhar a estabilidade conseguida no econômico, que não é fácil na região em conjuntura de crise, e citou as políticas sociais do processo de mudança que melhoraram as condições de vida das grandes maiorias.
Enfatizou na importância social de sacar a mais de dois milhões de bolivianos da extrema pobreza, e em ter um Estado já não deficitário e que superou as outrora crises recorrentes com indicadores de crescimento não reconhecidos pela oposição política de direita.
A diferença qualitativa com a anterior realidade é abismal, e sobre a base destes avanços temos projetado desafios para a Agenda 2020-2025 que marcam a rota de um futuro ainda melhor para as novas gerações, comentou o ministro da Presidência.
Nossa melhor homenagem a Bolívar, a nossas lideranças indígenas originários e camponeses, concluiu, é avançar na industrialização, maior incidência em revolucionar a educação, aumentar a capacidade produtiva e a soberania alimentar, entre alguns reptos para conseguir a nova Bolívia pela qual trabalhamos.