Pretoria, (Prensa Latina) O Congresso Nacional Africano (ANC) acaba de traçar suas prioridades em 2018, que será dedicado ao centenário do legendário líder Nelson Mandela, bem como à renovação e unidade desta organização dirigente, e também criar empregos.
As celebrações em homenagem ao primeiro presidente negro de África do Sul terão como lema ‘100 anos de Nelson Mandela; ano de renovação, unidade e trabalhos’.
Ramaphosa disse que o ANC utilizará esse período para aproveitar as lições e inspiração do desaparecido líder antiapartheid e impulsionar o processo de unidade e reconstrução deste movimento fundado em 1912.
Em seu discurso no sábado último, o dirigente delimitou os planos da organização e deu início à campanha do partido para as eleições que serão celebradas em 2019, e que o veterano movimento de libertação tem ganhado desde que chegou a democracia a África do Sul em 1994.
Ramaphosa, quem também ocupa o cargo de vice-presidente do Governo, dedicou grande parte de sua intervenção ao tema econômico e à necessidade de construir uma base que permita prosperar a todos seus cidadãos e não só a um grupo privilegiado.
Visualizamos uma economia que abarque a inovação tecnológica, ofereça políticas seguras e enfrente as barreiras que impedem o crescimento e a inclusão social, declarou.
Devemos enfrentar de conjunto a falta de uma participação ampla na base econômica, que afeta a milhões de pobres e cidadãos sem terras, acrescentou.
Abordou também as dificuldades que atravessa a organização e chamou aos militantes do ANC a lutar contra o tribalismo, o racismo e a xenofobia, e a atingir uma melhor coordenação que permita desmascarar todas as formas de corrupção e as julgar.
Sublinhou que os esforços anticorrupção dentro do Estado devem ser mais efetivos e coordenados em todas suas formas e incluem também a corrupção, a convivência e outras atividades delitivas no setor privado.
Outros assuntos tratados por Ramaphosa estiveram vinculados com o empoderamento da mulher, o acesso à saúde pública, ensino superior gratuita para os filhos de famílias pobres, a maior participação dos veteranos do ANC na reconstrução do partido e a adoção de medidas para a redistribuição da terra e sua confiscação sem indenização.
O presidente do governante partido Congresso Nacional Africano (ANC) aproveitou a ocasião para ratificar a solidariedade com Cuba, condenar o bloqueio imposto a essa Ilha durante mais de meio século por Estados Unidos e exortar a incrementar o comércio entre ambos os países.
Em sua Declaração de 8 de Janeiro, que realizou pela primeira vez desde que assumiu a presidência do ANC em sua Conferência Nacional celebrada em dezembro, Ramaphosa assinalou a importância de aumentar o comércio com Cuba como parte do ‘reforço de nossa solidariedade com o povo desse país’.