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sexta-feira, 26 julho, 2024

África, “baluarte indispensável da defesa de Cuba no cenário mundial” (+Fotos +Vídeo)

Por: Danay Galletti Hernández

Havana (Prensa Latina) Os países africanos dão apoio histórico a Cuba, sobretudo, na rejeição do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos, somado a um legado essencial na consolidação da idiossincrasia e cultura nacionais.

Assim se referiu à Prensa Latina Lucas Domingo Hernández Polledo, estudioso do Centro de Pesquisas Políticas Internacionais (CIPI), que catalogou o continente como um “baluarte indispensável na defesa de nossa Revolução no cenário mundial”.

Nesse sentido, também aludiu ao enfrentamento da maioria desses Estados -desrespeitando a forte pressão econômica, política e diplomática do Ocidente- às manobras contra a maior das Antilhas gestadas na extinta Comissão de Direitos Humanos (CDH). .

“Poucos se lembram do papel dessas nações perante aquele órgão que buscou justificar, a partir de um cenário multilateral, a ingerência nos assuntos internos de Havana e uma intervenção militar, classificada como humanitária, por parte dos Estados Unidos e seus aliados”, afirmou o especialista. .

APOIO DA ÁFRICA

El especialista reconoció también el rol de África en los momentos más difíciles del país, durante el denominado Período Especial tras la desaparición de la URSS, y la permanente visita de los líderes de aquella región, “su apoyo y confianza” al gobierno y pueblo de a ilha.

“Quando quase todos eles pegavam os funcionários da embaixada e bolsistas, aquela área continuava enviando estudantes para Cuba. Da mesma forma, nas décadas anteriores, trouxemos militares, médicos, professores e técnicos em conformidade com os princípios da solidariedade e do internacionalismo”, afirmou.

O início desta colaboração data de 1963, apenas quatro anos após o triunfo revolucionário, com a chegada da primeira brigada médica à Argélia, e em 60 anos é também evidente, a instrução de cerca de 40.000 jovens africanos em escolas cubanas. .

“Se, por um lado, os laços económicos não atingiram os patamares desejados de acordo com as nossas potencialidades, provam-se as relações de amizade e fraternidade, sustentadas por uma história de humanismo capaz de resistir ao teste do tempo”, disse o ex-embaixador.

Em sua opinião, Washington confirmou a presença de cerca de 300 mil cubanos que lutaram ou viveram em condições de guerra em países africanos; “Isso impediu qualquer agressão militar organizada a partir do Pentágono, dada a disposição e o valor deste povo.”

Da mesma forma, aquela geografia distante interveio na formação de “nossos recursos profissionais e ideológicos, do homem novo, pois contribuímos para a conquista de suas aspirações nos setores da saúde e da educação, quando para nós já eram conquistas palpáveis ​​e serviços gratuitos”.

CUBA: A PÁTRIA DO CORAÇÃO

Para Hernández Polledo, a grande maioria dos africanos que estudaram na ilha “reconhecem-se como filhos legítimos da Revolução e agem como tal”; É o caso de José César Augusto, ex-embaixador de Angola em Cuba.

“Quando começaram os primeiros contactos entre Luanda e Havana, em 1953, eu tinha 12 anos. O país ainda não estava livre das amarras de Fulgêncio Batista, mas aqui havia um movimento e uma juventude revolucionária, da qual Jorge Risquet fazia parte”, afirmou.

Em declarações a este jornalista, o diplomata recordou a participação do então estudante Agostinho Neto, após deixar clandestinamente o país africano, na Conferência Mundial da Juventude em Belgrado, na Jugoslávia, onde Risquet também esteve presente.

“Para mim, aquele primeiro encontro entre o meu país e a ilha foi transcendental porque abriu um caminho que ainda hoje estamos a expandir”; depois, recordou, em 1975 o líder histórico da Revolução, Fidel Castro, declarou que ao ajudar Angola, Cuba cumpria um dever internacionalista elementar.

“Os cubanos fazem parte da nossa história há muitos anos. Eles viveram conosco nos momentos mais difíceis. Imagine a selva do Mayombe, vivendo naquela floresta compacta onde os raios de sol não penetram e onde há um frio mortal”, disse José César Augusto.

E acrescentou: “então, como é que um estrangeiro consente com este sacrifício? Porque para eles a Revolução só se concretizaria se todos os povos do mundo se libertassem do colonialismo e do capitalismo e, portanto, sentissem a nossa luta como sua”.

Em sua consideração, se alguém escrevesse sobre a conquista e consolidação da independência em algumas nações africanas, sem mencionar a presença física dos cubanos, “a história não seria verdadeira, só é verdadeira se eles narrassem como nos ajudaram incondicionalmente”.

“Por que falo mais das tropas cubanas se também tínhamos soldados? Como éramos um corpo embrionário, tínhamos experiência de guerrilha, mas não na guerra convencional de tanque contra tanque. Estiveram presentes as Forças Armadas Populares de Libertação, mas a força determinante na consolidação da nossa soberania foi o exército cubano”, afirmou.

Conquistada a independência, garantiu, estreitaram-se os laços e colaborações em vários domínios, nomeadamente na agricultura, saúde e educação e, nesse sentido, numerosos agrónomos, biólogos, médicos e engenheiros angolanos formaram-se na ilha.

Certa vez, seu sobrinho lhe perguntou: Como pode o tio, com sua ideologia e lealdade, confessar ter três pátrias? E a resposta não tardou: “Angola é o meu país de sangue, Cuba e Argélia, onde treinei como soldado, os de coração.”

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