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quarta-feira, 9 outubro, 2024

Adesão da Bolívia ao Mercosul fortalecerá integração, Arce

La Paz (Prensa Latina) O presidente da Bolívia, Luis Arce, assegurou nesta terça (04/07) na Argentina que a adesão da Bolívia ao Mercado Comum do Sul (Mercosul) representa uma oportunidade única para fortalecer a integração, ampliar o comércio e a cooperação regional.

Falando na 62ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada nesta terça-feira em Iguazú, província de Misiones, o dignitário destacou o potencial econômico da região, com rica biodiversidade, recursos energéticos e terras altamente produtivas.

O presidente boliviano enfatizou que, além disso, esta área do planeta é dona de um patrimônio “inestimável” de diversidade étnica e cultural.

“Basta conhecer este lugar e saber de quem está próximo para perceber que não é por acaso que um certo Comando do Sul nos tem na mira: temos muitos recursos que despertam a ganância de quem sempre levou tudo sem deixando-nos qualquer coisa”, reafirmou.

Lembrou que o mundo vive um momento crucial de transição para um mundo multipolar que garanta o equilíbrio de poderes e respeite o princípio da não-interferência, após o “fracasso do capitalismo”.

Em relação a este sistema político, económico e social, insistiu que já gerou múltiplas crises globais, pelo que o desafio é enfrentar as adversidades através da cooperação, articulação e integração “não subordinada, mas libertadora”.

Arce lembrou as estratégias que a Bolívia aplica no contexto de seu Processo de Mudança e destacou alguns resultados do que chamou de Modelo Econômico Social da Comunidade Produtiva (Mescp).

Com números, precisou que o país andino-amazônico fechou o ano de 2022 com a inflação mais baixa da América do Sul, com um índice de preços ao consumidor de 3,12%, indicador acumulado que até maio deste ano é de apenas 0,53 pontos percentuais.

“O Mescp prioriza o mercado interno com a aplicação de medidas que o permitem ser mais produtivo, eficiente, gerando excedentes que são exportados, sobretudo, para os países da região, o que mostra que nosso modelo tem capacidade de se adequar às turbulência internacional”, argumentou.

O dignitário alertou que os desafios para a região são cada vez mais complexos, para os quais é preciso lutar contra os efeitos de um sistema que gera desigualdade crescente, maior concentração de riqueza e que põe cada vez mais em risco a vida da humanidade e do planeta.

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