San Salvador, 31 out (Prensa Latina) A Associação de Rádios e Programas Participativos de El Salvador (Harpas), alertou hoje sobre ações recentes que a Sala do Constitucional poderia dirigir contra o governo da Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN).
Em um editorial, esta organização que reúne dezenas de rádios comunitárias do país recordou que na semana passada os magistrados da Sala do Constitucional da Corte Suprema de Justiça admitiram um pedido contra os deputados suplentes do Parlamento Centro-americano.
Adverte que, ‘tendo em conta que já declarou inconstitucionais os deputados suplentes da Assembleia Legislativa, é previsível que a Sala também anulará os parlamentares suplentes salvadorenhos do referido organismo regional.’
Harpas considera que ‘a Sala volta à carga em suas andanças políticas’ pois também prepara novas sentenças de inconstitucionalidade.
Uma deles, precisa, ‘contra atuais magistrados do Tribunal Supremo Eleitoral, o Sistema Integrado de Transporte da Área Metropolitana de San Salvador e outras, com clara dedicatória para a esquerda dirigente.’
Considera que, apesar de sua grave responsabilidade na crise fiscal do governo e a acumulação de várias demandas na Promotoria contra alguns magistrados parte dela, a Sala mantém sua estratégia de ingerência e golpes institucionais.
Sobre essa base, assegura que o arroubo da Sala por estes dias se deve ao apoio dado semanas atrás por certas instâncias internacionais, como o secretário geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro.
Esse apoio está baseado na desinformação promovida por entidades como ONGs e grupos mediáticos da direita oligárquica que apresentam como ‘ataque contra a Sala’ qualquer crítica a suas resoluções, assegura.
‘Qualificar de ‘ataque’ qualquer observação, declaração ou ação legal, seria parte da estratégia de defesa mediática que teriam acordado os magistrados e os donos dos meios conservadores na reunião realizada em um local do Grupo Poma (privado)’, reforça Harpas.
Pontua que na referida reunião alguns proprietários de meios pediram à Sala que desse um golpe de Estado.
‘Queremos que este governo não termine seu mandato’, foi -segundo o secretário técnico da Presidência, Roberto Lorenzana- a petição dos empresários mediáticos aos magistrados Belarmino Jaime, Rodolfo González, Florentín Meléndez e Sidney Blanco’, dimensiona Harpas.
A Associação exorta organizações populares, movimentos progressistas, setores democráticos e população decente a que, ante as novas arremetidas da Sala contra a institucionalidade e o boicote contra o Executivo, gere uma reação mais firme.