O presidente da Ucrânia, Zelensky, entre soldados
HispanTV – A Ucrânia deve aceitar os termos do cessar-fogo proposto pela Rússia para que o país continue a existir, alerta um antigo analista da CIA.
O plano de paz de 10 pontos do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não será cumprido. O líder ucraniano quer que a Rússia retire todas as suas tropas, pede a um tribunal que julgue o presidente russo, Vladimir Putin, e exige compensação para o povo ucraniano; está nem sequer é uma proposta de paz séria, disse Larry C. Johnson, antigo analista da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA), numa entrevista publicada recentemente.
Neste contexto, reafirmando que o plano de paz ucraniano nunca se concretizará, o especialista político americano sublinhou que o conflito só terminará nos termos da Rússia, e os líderes ucranianos têm poucas opções: render-se ou a Ucrânia deixará de existir como Estado.
“Estas são as únicas duas opções”, disse o antigo analista da CIA, ao mesmo tempo que destacava que os especialistas e estrategistas militares ocidentais deveriam evitar enganar-se e aceitar a realidade como ela é.
Crise na Ucrânia é resultado da guerra do Ocidente contra a Rússia
“A única forma de acabar com tudo [o conflito] é a rendição incondicional da Ucrânia”, frisou o especialista, apontando que, na sua perspectiva, a Rússia não desistirá dos territórios e Kiev não está em condições de impor condições a Moscou. “Nenhuma dessas regiões retornará, ponto final”, observou ele.
Rússia: Ocidente empurra a Ucrânia para a autodestruição | HispanTV
Rússia: Ocidente empurra a Ucrânia para a autodestruição | HispanTV
A Rússia crítica que os EUA e os seus aliados continuam a armar Kiev apesar da falta de resultados e, portanto, apenas “estão a empurrar a Ucrânia para a autodestruição”.
No primeiro aniversário da adesão à Rússia das repúblicas de Donetsk e Lugansk, e das províncias de Kherson e Zaporizhzhia, Putin garantiu no sábado que nada nem ninguém pode quebrar a vontade de milhões.
Putin reconhece independência das regiões de Kherson e Zaporizhia
Entretanto, o ex-presidente russo Dimitri Medvedev reiterou no mesmo dia que a operação especial continuará até que o regime nazi em Kiev seja destruído e os “territórios russos nativos” sejam libertados. “Haverá mais novas regiões dentro da Rússia” no final da operação militar especial, disse o atual vice-chefe do Conselho de Segurança da Rússia.
Desde o início da operação militar russa na Ucrânia, em fevereiro do ano passado, os Estados Unidos e o Reino Unido têm desempenhado um papel de liderança no fomento da guerra, impondo sanções contra a Rússia e enviando vários tipos de armas ligeiras e pesadas para a Ucrânia.
Os países ocidentais estão a fornecer armas e outra ajuda militar e financeira à Ucrânia, enquanto a Rússia tem alertado repetidamente que estes países estão a brincar com fogo.