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quinta-feira, 14 novembro, 2024

“A noite que nunca existiu”, uma homenagem ao amor do teatro

Havana, 26 de março (Prensa Latina) Decifrar o amor em todas as suas dimensões a partir da perspectiva shakespeariana foi o compromisso cénico das companhias Teatro Espacio de La Habana e Off Latina Madrid, poucas horas antes de se celebrar o Dia Mundial do Teatro.

Ao longo do mês de março, os atores cubanos Katia Caso e Alfredo Reyes assumiram os papéis principais de “A Noite Que Nunca Existiu”, que assumiu o teatro de Havana “Adolfo Llauradó”, num espetáculo de luxo dirigido pelo espanhol Roberto Teran.

Ambos os atores esbanjaram talento em cada encenação, num jogo de imaginação onde a rainha britânica Elizabeth I (1533-1603), também conhecida como Rainha Virgem, mantém uma curiosa e controversa sessão com o lendário dramaturgo, poeta e ator inglês William Shakespeare ( 1564-1616), para descobrir, através do bardo, o que era o amor em sua essência.

Katia e Alfredo transbordam de “mãos dadas” durante quase uma hora, esbanjando as suas capacidades de representação e conquistando o público que os recompensou com os seus aplausos prolongados, o permanente jogo de imaginário que sem dúvida seduziu os espectadores.

Ambos os atores, seguindo o percurso dramático escrito pelo mexicano Humberto Robles, estabelecem – e realizam – um jogo de fantasias, ora simpático, ora implausível, mas sempre reflexivo sobre o que é o amor e como ele consegue cativar esses humanos.

Inmensa Katia Caso, experiente atriz do palco cubano, em sua personagem Rainha Elizabeth I, onde no mais estrito sigilo confessa a Shakespeare – interpretado por Alfredo Reyes – seu desconhecimento do amor verdadeiro, além daquele que seus amigos lhe esbanjam. seguidores, lacaios e seus pais.

Reyes, em seu papel, também ocupa o espaço fazendo o seu trabalho, em meio a tantas dificuldades, para “ensinar” ao monarca todos os mistérios que acompanham esse sentimento, entre eles o ciúme, a paixão, a traição e, acima de tudo, o ilimitado diversidade que essa palavra esconde.

Por sua vez, o espanhol Roberto Terán soube conduzir as rédeas do palco, tirar o máximo proveito dos atores que deram vida e fôlego em Havana à obra de Humberto Robles, merecendo com esta peça o Prêmio Nacional de Dramaturgia “Emilio Carballido ” 2014, concedido pela Universidade Autônoma de Nuevo León e pela Universidade Veracruzana, ambas no México.

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