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quinta-feira, 28 março, 2024

A lógica do pensamento dos EUA para Venezuela

Caracas,  (Prensa Latina) O governo estadunidense faz questão de sua política agressiva contra a Venezuela, segundo reiteram as últimas ações da Casa Branca que incluem supostas políticas de ajuda humanitária e o entorpecimento do diálogo.

Enquanto uma delegação governamental e opositores reunia-se na sexta-feira (15) na República Dominicana, o Departamento de Estado fez seus ataques contra Caracas, algo que segue a outras ações das últimas semanas com um claro objetivo, intervir nos assuntos internos venezuelanos e derrocar ao governo constitucional, segundo denúncias.

O aparelho da diplomacia estadunidense argumentou na sexta-feira sobre as ‘péssimas condições humanitárias’ que padece o povo venezuelano e advertiu de que não levantará as sanções que pesam sobre o país se o presidente Nicolás Maduro não restaura a ‘ordem constitucional’, segundo indicou um comunicado.

‘Seguimos muito preocupados porque o povo venezuelano experimenta péssimas condições humanitárias, incluída a falta de comida acessível e remédios vitais, fornecimentos médicos, mal nutrição e um aumento dos casos de malária, entre outras duras realidades’, afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.

Segundo a porta-voz, Estados Unidos tem na região fornecimentos de emergência e está ‘pronto’ para abastecer de comida às populações afetadas. ‘Estes fornecimentos poderiam estar disponíveis imediatamente se o Governo de Venezuela aceitasse assistência humanitária internacional’, asseverou. Nos últimos meses, os planos da Casa Branca de derrocar ao governo de Maduro fracassaram na OEA, com o Grupo de Lima e também não avançaram com as pressões orquestradas com a colaboração do Canadá e a União Europeia, indicam comentaristas internacionais.

 

Por trás de todas estas ‘ofertas’ do governo de Donald Trump, se esconde a política mais propagada nos últimos meses, ‘a ajuda humanitária’, mais conhecida como um disfarce da ‘intervenção humanitária’ de forças militares, algo ensaiado em países vizinhos da Venezuela nos últimos meses, segundo denúncias de meios políticos e de imprensa internacionais.

Nesta semana, o sociólogo Richard Canan comentava esta situação: ‘Bem estranha que é a lógica de pensamento do Império Norte-americano. Por um lado, assedia a Venezuela tentando asfixiá-lo economicamente, através da coerção e o amedrontamento sobre o sistema financeiro mundial para bloquear todas as transações do país’, propunha.

Enquanto pelo outro lado, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos, aprovou uma distorcida resolução (388-29) para encabeçar um aparente ‘canal humanitário’, com o fim de que suas ONGs se encarreguem de ‘enviar alimentos, remédios e assistência técnica a Venezuela’, sublinha Canan.

O curioso é que essa norma dos legisladores estadunidenses assinala que em caso que tenha resistência deste país soberano, se retire à ‘ONU impulsionar uma resolução que ordene a Caracas receber a ajuda e a distribuir’, agrega o comentário.

Isto é, ‘o Tio Sam impede-nos de comprar remédios e alimentos com seu bloqueio financeiro, para depois ‘exigir-nos’ que aceitemos obrigados sua ajuda, mediante a desculpa do ‘canal humanitário’, sustenta Canan

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