A mim, comove de modo especial a história recente.
Sobretudo, a do final dos anos 1940 para cá.
Desde lá, a guerra contra aquele povo.
Desde lá, o esforço terrorista para expulsar os palestinos das terras dele.
Desde lá, a tentativa de implantar, por absurdo, o único estado étnico do mundo.
Tentativa afinal bem-sucedida pela força.
E desde lá, a incrível resistência.
Resistência, lamentavelmente, denominada de terrorista.
O que se deve recusar liminarmente.
Todos os povos têm direito à resistência.
Seriam terroristas os vietnamitas?
Os argelinos?
Os maquis franceses?
Os guerrilheiros de Sierra Maestra?
Os tantos de nós que resistimos à ditadura?
Os que, América Latina afora, se dedicaram a combater regimes de arbítrio, aí, sim, de terror?
Não, não e não.
Nas últimas horas, à vista desse chamado acordo de paz, em andamento, e com enormes buracos, imagens me comoveram.
Multidões de volta à casa.
Multidões de palestinos voltando aos seus lares.
Que lares?
Aos escombros.
Escombros, frutos do genocídio sionista.
Mais de 70 mil mortos nesses dois anos de massacre.
Milhares e milhares de crianças.
De mulheres.
De civis.
E a tal massacre a mídia não denomina terrorista.
É como se o estado étnico, o estado sionista, tivesse o sagrado direito de matar, sagrado para eles.
E matar impunemente, ante o silêncio das grandes potências, não obstante multidões mundo afora denunciando a matança, irônica e tragicamente feita pelo Estado pretensamente representante de um povo submetido ao holocausto, agora repetido, numa evidente tentativa de limpeza étnica.
Um povo impressionante, o palestino.
De incrível capacidade de resistência.
De profundo amor ao chão deles, à ancestralidade milenar, pouco importando sobrassem apenas escombros.
Debaixo deles, aqueles mais de meio milhão de palestinos, procuravam corpos de parentes, e até vestígios das casas onde moravam.
Muitos choravam.
E o faziam entre tristes e alegres.
Tristes, porque vítima de um estado genocida, porque ainda sentindo a perda de tanta gente querida, pais, irmãos, tios, amigos, mães, namoradas, filhos, filhas.
E alegres porque podendo voltar à terra deles.
À terra querida.
O Estado israelense, ao longo da existência dele, desde o final dos anos 1940, promete acabar com a resistência.
Armado a mais não poder, sempre teve certeza de eliminá-la.
Ilusão.
A um povo como aquele não se derrota.
A não ser tivesse o destino de Canudos, e não sobrasse um único combatente, uma única combatente.
Comovente aquela marcha de mais de meio milhão de pessoas.
Cena a ficar na história.
A evidenciar a impossibilidade de derrotar o sonho de uma nação.
Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie
Duração
Descrição
cookielawinfo-checkbox-analytics
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional
11 months
The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy
11 months
The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.