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Sputnik – Qualquer que seja o resultado das eleições parlamentares, a França hoje “não tem mais os meios para a sua política”, disse Emmanuel Leroy, presidente do Institut 1717 para uma nova aliança franco-russa, à Sputnik.
A aliança de centro-direita do presidente Emmanuel Macron, Juntos, foi praticamente eliminada pelo Reagrupamento Nacional (RN), de direita, de Marine Le Pen, no primeiro turno das eleições legislativas antecipadas na França. As projeções sobre o resultado do segundo turno, em 7 de julho, sugerem que a coligação de Macron está prestes a sofrer uma hemorragia de assentos na Assembleia Nacional.
Para Emmanuel Leroy, é muito provável que no próximo domingo (7), o RN de Marine Le Pen não obtenha a maioria absoluta necessária para governar o país, criando “uma situação objetivamente incontrolável“.
“Sem uma maioria absoluta, o país ficará em um estado de incapacidade para ser governado de forma válida e provavelmente observaremos uma situação de crise que colocará a França completamente de joelhos a nível político internacional”, especulou o cientista político francês.
“A aposta de Emmanuel Macron hoje é jogar na vitória deste partido [RN] de forma a criar uma situação de caos político na França“, sugeriu Leroy.
O primeiro-ministro Gabriel Attal já declarou que a coligação centrista de Macron retirará cerca de 60 dos seus candidatos para permitir que outros candidatos tenham uma oportunidade de derrotar o RN. Mas isso não poderia ser nada mais do que uma “fachada”, disse Leroy.
O analista observou que se a França mudasse para uma política de direita ou de esquerda, isso não mudaria os fundamentos. E esses fundamentos são que a França de Emmanuel Macron, que tem estado “na vanguarda no desejo de se envolver completamente nesta guerra na Ucrânia para ajudar o regime [liderado] por Zelensky”, está em dívida fenomenal.