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quinta-feira, 26 dezembro, 2024

Lula pode conceder asilo político a Julian Assange

Brasília, 28 de junho (Prensa Latina) Um grupo de cientistas, jornalistas, professores, ex-ministros e sindicalistas pediu nesta quarta (28) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o Brasil conceda asilo político ao jornalista australiano Julián Assange, fundador do WikiLeaks e que permanece preso em Londres.

A carta tem a assinatura de 2.897 pessoas, entre elas o fotógrafo Sebastião Salgado, o jornalista Juca Kfouri, os pesquisadores Renato Cordeiro e Alvaro Nascimento, os ex-ministros José Gomes Temporão (Saúde), Sérgio Machado Rezende (Ciência e Tecnologia) e Ana de Hollanda (Cultura).

O documento também foi assinado pela deputada federal Jandira Feghali, o neurocientista Sidarta Ribeiro e a comunicadora Hildegard Angel.

Diante dos recentes acontecimentos relacionados à extradição para os Estados Unidos, onde Assange pode ser condenado a até 175 anos de prisão, “profissionais, lideranças e entidades da sociedade civil iniciaram um movimento através das redes sociais, com o objetivo de construir uma saída de ajuda humanitária para o caso”, diz um trecho da carta.

O grupo propõe que Lula promova um esforço internacional “junto com outros países” para obter a aceitação de asilo político pelo Reino Unido.

Assange está em uma penitenciária de segurança máxima na cidade de Belmarsh, na Inglaterra.

“Acreditamos que, independentemente do resultado, esse esforço vigoroso em defesa de Assange contribuirá para marcar ainda mais a posição humanitária e progressista do governo brasileiro no mundo, como tem sido nossa marca desde 1º de janeiro de 2023”, destaca o conteúdo. .

Durante sua visita a Londres, onde assistiu à cerimônia de coroação do rei Carlos III em maio, Lula descreveu como vergonhoso que “um jornalista que revelou as armadilhas de um Estado contra os outros seja condenado à morte na prisão e que ninguém faça nada por seu liberdade.”

Assange formou o site que revelou em 2010 mais de 700.000 documentos confidenciais sobre militares dos EUA, crimes de guerra e atividades de espionagem, especialmente no Iraque e no Afeganistão.

Tais conteúdos também foram publicados em outras mídias jornalísticas, como The New York Times e The Guardian.

Segundo informações confidenciais da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos e do WikiLeaks, em 2015, autoridades americanas espionaram o governo da então presidente Dilma Rousseff (2011-2016) no Brasil.

Um total de 29 telefones pertencentes a membros e ex-integrantes de sua gestão foram grampeados. Rousseff enfrentou um golpe parlamentar judicial em 2016 que a tirou do poder.

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