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quinta-feira, 26 dezembro, 2024

MAS propõe novas eleições na Bolívia para pacificar o país

La Paz, (Prensa Latina) O senador do Movimento ao Socialismo (MAS) Efraín Chambi apresentou nesta quarta (20) o Projeto de Lei Excepcional e Transitória para a realização das Eleições Nacionais e Subnacionais, em meio à crise política na Bolívia.
Esta iniciativa apresentada nesta manhã, na sessão ordinária do Senado, deve ser encaminhada à Comissão da Constituição para tratamento.

Segundo a presidente do Senado, Eva Copa, as três forças políticas dessa entidade concordam com o objetivo de alcançar a pacificação da Bolívia, mergulhada em uma das mais graves crises políticas de sua história.

Em 20 de outubro, foram realizadas eleições nesta nação andino-amazônica, e o que parecia ser um partido cívico resultou em um golpe contra o governo de Evo Morales.

O ataque foi concluído em 10 de novembro, quando o líder do Estado Plurinacional, vinculado por militares e policiais, renunciou ao cargo e aceitou asilo no México.

Contudo, desde antes, o conhecedor de direita de sua nova derrota nas pesquisas, em cumplicidade com os Estados Unidos, preparava o golpe, o que corrobora uma queixa do portal Rebelde da Nicarágua.

Isso significa que, antes das eleições, ele alertou que, se Evo Morales vencesse as eleições de 20 de outubro, um governo de transição cívico-militar seria implantado.

‘Este novo governo não reconheceria a vitória eleitoral de Evo e alegaria fraude durante as eleições’, descreveu a publicação digital.

A Rebelde da Nicarágua fez a denúncia sob o rótulo de ‘A Embaixada dos EUA. em La Paz, ele continua suas ações secretas na Bolívia para apoiar o golpe contra o presidente Evo Morales.

Para justificar o estabelecimento de um governo paralelo no poder, a oposição precisava criar um clima de instabilidade no país sul-americano.

Para esse fim, as forças da oposição por meio dos comitês cívicos e em aliança com o chamado Coordenador Nacional Militar estavam preparando uma tropa de confrontos juvenis para realizar ações violentas principalmente nas cidades de Santa Cruz e La Paz.

Segundo o portal, esses grupos seriam inseridos em protestos convocados para provocar violentos confrontos com a polícia, como ocorreu na cidade de Mendoza durante o encerramento da campanha do MAS.

Simultaneamente, explicou a fonte, ocorreria um levante militar, com ações organizadas pelo Coordenador Militar Nacional com o apoio do Sindicato dos Militares Aposentados de Santa Cruz.

Essa última cidade seria a sede do chamado governo de transição para consolidar os planos da oposição de dividir o país em duas frentes: o Ocidente e o Oriente, que gerariam caos e até uma possível guerra civil, explicou a Nicarágua Rebelde.

Ao se referir aos preparativos para essa operação, o portal informou que de Miami eles partiram para o porto chileno de Iquique, perto da Bolívia, embarcações com armas e munições dentro de contêineres, cuja carga foi declarada como ‘diversa’.

Pessoas não ligadas à oposição foram recrutadas e contratadas com o único objetivo de fornecer seus nomes e remover contêineres do porto.

A Nicarágua Rebelde disse que o cidadão boliviano Juan Carlos Rivero estava encarregado de comprar as armas nos Estados Unidos e enviá-las ao Coordenador Nacional Militar na Bolívia.

Rivero está diretamente vinculado ao político Manfred Reyes, também baseado nos Estados Unidos e vinculado à embaixada de Washington em La Paz, e reapareceu na arena pública boliviana, quando, na última semana da campanha eleitoral, postou uma mensagem nas redes sociais apoio ao candidato da Comunidade do Cidadão, Carlos Mesa.

O Rebelde da Nicarágua indicou que a embaixada dos EUA seguiu permanentemente a entrega de armas e munições por meio de colaboradores secretos, e com esse objetivo eles se encontraram clandestinamente com figuras da oposição boliviana.

Nada tão próximo da realidade quando se celebra um mês das eleições históricas de 20 de outubro.

Este país está sofrendo a dor de um golpe cívico militar que deixou 30 mortos e dezenas de feridos e uma autoproclamada presidente (Jeanine Añez) com um governo de fato com um caráter racista marcado.

O próprio Evo Morales denunciou que por trás desse golpe estão os Estados Unidos e a Organização dos Estados Americanos (OEA) como seu instrumento mais viável.

Evo, de seu asilo no México, culpou a embaixada dos EUA em La Paz, a OEA e os setores reacionários da direita boliviana como motivadores do golpe.

‘A OEA não está a serviço dos povos latino-americanos e menos dos movimentos sociais; está a serviço do império americano’, disse Morales em sua primeira entrevista coletiva quando chegou ao México.

Nesta cadeia de eventos, várias fontes dizem que o general WilliKaliman, que pressionou Evo Morales a renunciar à presidência em 10 de novembro, foi pago pelos Estados Unidos com um milhão de dólares.

Kaliman recebeu esse valor de Bruce Williamson, responsável pelos negócios na embaixada dos EUA, enquanto outros generais receberam o mesmo valor e vários chefes de polícia foram pagos com 500.000 cada.

Após a autoproclamação de Jeanine Añez Chávez como presidente interina, Kaliman foi imediatamente substituído e imediatamente fugiu para os Estados Unidos para se abrigar de uma possível investigação imediata.

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