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quinta-feira, 26 dezembro, 2024

Satélite Sucre vai melhorar planejamento de projetos agrícolas, sociais e de segurança

Caracas, AVN.- Quando o satélite Antonio José de Sucre estiver em órbita em outubro, a Venezuela contará com uma melhor ferramenta para projetos de grande impacto em áreas como agricultura, saúde, energia, segurança alimentar, gestão de riscos sócio-naturais e segurança cidadã.

O diretor de Investigação e Inovação da Agência Bolivariana para Atividades Espaciais (Abae), Rixio Morales, explicou para AVN que o novo satélite de percepção remota, Antonio José de Sucre, “permitirá um controle mais exato da soberania, pois brindará com melhor resolução detalhes para o planejamento”.

Também conhecido como VRSS-2, o satélite Sucre forma parte da cooperação estratégica do governo venezuelano com a China, e será lançado do Centro Satelital de JiuQuan para ser colocado em uma órbita solar sincrônica (SSO na sigla em inglês) a uma distância aproximada de 650 quilômetros da Terra.

O Sucre vai melhorar as tarefas do satélite Miranda, que em breve terminará sua vida útil e que atualmente tem mais de 300 mil imagens realizadas.

As imagens do satélite Sucre terão maior resolução, porque conta com duas câmaras, uma de alto espectro pancromática e multiespectral, e outra infravermelha. Além disso, continuará capturando dados do território nacional com uma resolução maior que o Miranda que oferece detalhes de 5 metros por pixel, enquanto a resolução do Sucre é de um metro por pixel.

A definição das imagens do Sucre também é melhor porque terá um alcance de três metros enquanto o Miranda é de 10 metros, quer dizer, conseguirá imagens mais perto; e com a câmara infravermelha serão incluídas visões noturnas que o Miranda não tem.

Uso cotidiano

Segundo Morales, estes avanços do Sucre vão beneficiar a população porque será possível, por exemplo, seguir mais perto, a situação das artérias viais, o crescimento populacional, o desenvolvimento da Grande Missão Vivienda, casos de desastres, entre outros aspectos.

Em relação à agricultura, será possível fazer um estudo prolongado dos cultivos, o uso da terra, invasão de parques nacionais; enquanto na mineração poderão ser identificadas situações clandestinas e ilegais.

“Tem múltiplos benefícios que às vezes não são direito, mas que são estratégicos para o desenvolvimento da nação”, destacou.

Por ser um dos países com plataforma de percepção remota, a Venezuela forma parte do capítulo para desastres que permite o intercâmbio de imagens de maneira gratuita com outros países.

O país também ofereceu assistência a Bermudas e Barbados após passagem do furacão Irma; e atualmente são feitas fotos no México depois do terremoto registrado nesta terça-feira.

Morales deu as declarações antes do encerramento do Segundo Congresso Venezuelano de Tecnologia Espacial realizado de 18 a 20 de setembro em Caracas, que contou com a presença das delegações da China e Cuba, especialistas da agência espacial da África do Sul e empresas que apresentaram produtos na área.

Fotos: Gregorio Terán, AVN

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