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terça-feira, 19 novembro, 2024

Moro e Parente querem calar os sindicatos.

Emanuel Cancela*
Primeiramente, o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, entrou com uma interpelação contra o sindicalista Emanuel Cancella, e também contra direção colegiada. Agora é a vez do juiz Sérgio Moro, através de uma intimação, ameaçar o petroleiro e os movimentos sociais e populares. Na intimação de Moro, duas das cinco perguntas formuladas merecem respostas pública.
Quarta pergunta: Por qual motivo veiculou referidas postagens?
Respondo: trabalho na Petrobrás há 43 anos, onde entrei através de concurso. Aprendi a respeitar e a amar essa empresa. Enquanto petroleiro, considero um absurdo a forma como o juiz Sérgio Moro e o senhor Pedro Parente tratam a companhia.
Quinta pergunta: Recebeu algum valor de outrem para publicá-las? Respondo: Não. Inclusive, convidado, tenho proferido por ideal, vale ressaltar, sem nenhuma renumeração, inúmeras palestras, mesas de debates, audiências públicas em movimentos sociais, culturais e populares, por todo o Brasil. Porém, tenho todo o direito de saber se o juiz Sergio Moro e o senhor Pedro Parente, cujas posturas têm afetado a vida dos trabalhadores e de todo o povo brasileiro,recebem algum valor pelo que falam e fazem, dentro e fora do Brasil?
Pedro Parente tem que explicar o verdadeiro feirão que ele está realizando com os ativos da Petrobrás. Logo ele, um gestor de negócios, sócio afastado da empresa Prada que administra fortunas, negócios acima de cem milhões de reais. Parente vendeu, sem licitação, o petróleo do campo do pré-sal de Carcará a preço de um refrigerante, quando o preço do barril de petróleo hoje, 13/12/16, é US$ 52,84 (cinquenta e dois dólares e oitenta e quatro centers) o barril. Vendeu a Liquigás, a malha de dutos do sudeste, a mais valorosa da Petrobrás. Tirou do Brasil a indústria naval e entregou para os gringos gerando para eles emprego e renda; tirou a Petrobrás de setores estratégicos e geradores de emprego e renda, como Petroquímico, biocombustíveis, fertilizantes e gás. Parente ainda tem a cara de pau de afirmar que tudo isso é para salvar a Petrobrás. E quer que o sindicato, legítimo defensor dos trabalhadores e do legitimo interesse nacional, fique calado e parado.
O juiz Sérgio Moro há mais de dois anos chefia a operação Lava Jato, que também investiga a Petrobrás. A sociedade aplaude a prisão dos diretores envolvidos em corrupção e o resgate do dinheiro roubado. Todavia, inúmeras posturas despertam a atenção na atuação do juiz Sérgio Moro. A total submissão ao governo dos EUA, onde “(…) também cursou o programa de instrução de advogados da Harvard Law School em 1998 e participou de programas de estudos sobre lavagem de dinheiro promovidos pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, segundo sua biografia publicada na Wikipédia”. Moro convocou os procuradores estadunidenses para investigar a Petrobrás; enviou os corruptos da Petrobrás presos, para testemunharem contra a empresa nos tribunais americanos. A acusação dos tribunais americanos contra empresa é que a corrupção seria a causa da queda das ações da companhia, quando na verdade o mundo sabe, menos o Moro: Que a queda das ações das petroleiras incluindo a Petrobrás é por conta de uma tramoia dos EUA junto com a maior produtora de petróleo a Arábia Saudita, aumentaram a oferta de petróleo fazendo o preço cair de US$ 140 para US$ 30 o barril. Estranho também que Moro tenha vista grossa para o governo de FHC na Petrobrás. Apesar das inúmeras denúncias e agora para a gestão de Pedro Parente, ministro do apagão de FHC.
Em cima desse enredo, estarei lançando até o final do corrente ano o livro A outra face do juiz Sérgio Moro, uma coletânea de artigos nesses dois anos da Lava Jato. Esses artigos foram enviados para publicação para os principais jornais e revistas do país que ignoraram. Para que a sociedade tome conhecimento de mais uma versão quanto a Operação Lava Jato. A renda líquida do livro será totalmente revertida para os cerca de dois milhões de desempregados em função da investigação, das inúmeras falências e consequente paralisação das obras pela Lava Jato.
* Emanuel Cancella, – OAB/RJ 75 300

Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)

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