Nações Unidas, 2 abr (Prensa Latina) A sangrenta repressão realizada pelas forças de Israel contra manifestantes palestinos alarma hoje a comunidade internacional e as Nações Unidas se soma às numerosas demonstrações de preocupação expressadas por governos de diferentes lugares do mundo.
Membros desse alto órgão da ONU, o único cujas decisões têm caráter vinculante, pediram moderação ao governo de Tel Aviv para evitar mais vítimas fatais e chamaram a proteger a vida dos civis.
Segundo destacou nessa sessão do Conselho o sub-secretário geral de assuntos políticos, Tayé-Brook Zerihoun, Israel deve cumprir suas responsabilidades em virtude do direito internacional humanitário e dos direitos humanos.
A força letal deve ser aplicada somente como último recurso, enquanto as mortes devem ser investigadas adequadamente pelas autoridades, acrescentou.
Ademais, alertou sobre a possibilidade de que a situação piore, já que se esperam novas manifestações na zona fronteiriça em Gaza durante as próximas semanas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também manifestou alarme pela dura repressão aos manifestantes que participavam na Grande Marcha do Retorno, contra a ocupação de Israel.
Uma tragédia como esta ressalta a urgência de revigorar o processo de paz e criar as condições para um regresso a negociações significativas, apontou o diplomata português.
Do mesmo modo, solicitou realizar o mais rápido possível uma investigação para esclarecer os fatos da última sexta-feira, quando o exército de Israel atacou com disparos e gás lacrimogêneo os manifestantes palestinos.
Guterres fez um chamado a abster-se de qualquer ato que ocasione novas vítimas fatais e, particularmente, a evitar toda medida que possa pôr em risco a vida dos civis.
Além disso, destacou a necessidade de encontrar uma solução que permita a palestinos e israelenses conviver pacificamente e em segurança, e reiterou o apoio das Nações Unidas a esse processo.
Moscou está disposta a proporcionar uma plataforma para a reunião entre líderes de Israel e Palestina com o fim de tratar o assunto, segundo afirmou o representante permanente adjunto da Rússia ante a ONU, Vladímir Safrónkov.