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segunda-feira, 13 janeiro, 2025

Xi Jiping fura pauta Lula-Biden e abala dólar

© AP Photo / Andy Wong

César Fonseca

O comércio bilateral China-Brasil, conduzido pelos seus bancos centrais, é a nova novidade econômica que apavora a general Laura Richardson, comandante do Comando Sul dos Estados Unidos, na tarefa de enquadrar os latino-americanos aos interesses de Washington; a desinflação e a desdolarização, que as trocas de moeda imprimem, são, por ela, energicamente, condenadas, porque acelera o que Biden não quer: ampliação da presença da China, em termos cooperativos, na América Latina;  de 2005  2023, os chineses ampliaram de 18 bilhões de dólares para 450 bilhões, no continente; furam a estratégia americana de colonizar o continente por meio de financeirização especulativa.

Trata-se de incrementar cooperação comercial oposta à que impede a política monetária neoliberal restritiva praticada pelo Banco Central Independente, comandado por Roberto Campos Neto, serviçal de Wall Street e da Faria Lima, maior adversário da política econômica que Lula pretende implementar.

Afinal, caso seja mantida a estratégia do Banco Central Independente(CI), será impossível alcançar o que o acordo Brasil-China visa, desenvolvimento cooperativo que permitiria Lula cumprir promessas de campanha eleitoral.

HISTÓRIA VIVA

Destaca-se que foi, justamente, por meio da criação de ambiente cooperativo brasileiro-chinês que Lula conseguiu, no seu segundo mandato presidencial, 2006-2010, enfrentar, com sucesso, a crise financeira especulativa mundial de 2008.

Ele, que desdenhou a crise, dizendo ser ela uma marolinha, deu, com aprofundamento da relação Brasil-China, volta por cima: controlou inflação, valorizou salários, fortaleceu mercado interno, capitalizou as empresas estatais, transformando-as em agentes desenvolvimentista,  abrindo mercado externo, para empresas privadas, liquidou dívida externa, fugiu do FMI e acumulou reservas cambiais de 380 bilhões de dólares.

Lula aprendeu o caminho das pedras; propôs criação do BRICs – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – a partir de agora, aberto a novos sócios – e por meio dele, com Dilma, na sua presidência, abrirá novas picadas, como diria “Juruna, o Espírito da Floresta”, no filme de Armando Lacerda.

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