– Relatório semestral: 22/Jun a 31/Dez/ 2015por WikiLeaks
Hoje, 17/Fev/2016, WikiLeaks divulga o relatório classificado acerca dos primeiros seis meses da Operação Sophia, a intervenção militar da UE contra “barcos de refugiados” na Líbia e no Mediterrâneo. O relatório, datado de 29/Jan/2016, é escrito pelo Comandante da Operação, Contra-Almirante Enrico Credendino, da Armada Italiana, para o Comité Militar da União Europeia e para o Comité de Segurança da UE. Ele apresenta estatísticas do fluxo de refugiados e esboça as fases cumpridas e planeadas da operação (1, 2A, 2B e 3), as correspondentes actividades das forças conjuntas da UE a operarem no Mediterrâneo e as estratégias futuras para a operação. Um dos principais elementos no interior do relatório é a transição planeada, mas ainda pendente, da Fase 2A (operação em Alto Mar) para a Fase 2B (operação em Águas Territoriais Líbias) devido à situação volátil do governo na Líbia, onde a construção de um “Governo de Acordo Nacional” (GNA) ainda está em curso. O relatório insta os organismos responsáveis da UE a ajudar a acelerar o processo de formação de um governo “confiável” na Líbia que em contrapartida espera-se que “convide” forças da UE a operarem dentro das suas Águas Territoriais (Fase 2B) e posteriormente dar mesmo permissão para estender as operações militares da UE a terra firme (fase 3). No mês passado houve meia dúzia de reuniões de alto nível entre a UE e responsáveis dos EUA (inclusive com o secretário de Estado John Kerry, em Roma) pois militares dos EUA afirmam que até 5000 combatentes dos Estado Islâmico ganharam o controle sobre partes da costa líbia. Fortes pressões foram aplicadas sobre os principais grupos de poder na Líbia para acelerar a conclusão do GNA e “convidar” forças ocidentais. O convite do GNA era aguardado em Janeiro. A imprensa líbia tem relatado que já chegaram forças especiais dos EUA, Reino Unido e francesas (não há admissão pública por parte dos países ocidentais). Dentro da Europa, a Itália e o Reino Unidos têm sido as forças condutoras por trás da intervenção militar. Descarregue o EEAS-2016-126 (em 25/Maio/2015)
Plano da UE para intervenção militar contra “barcos de refugiados” na Líbia e no MediterrâneoHoje a WikiLeaks está a divulgar dois documentos classificados da UE, delineando a planeada intervenção militar contra barcos que viajam da Líbia para a Itália. O mais significativo dos dois documentos foi escrito pelos chefes da defesa combinados dos estados membros da UE. O plano foiaprovado formalmente pelos representantes de todos os 28 países em 18/Maio/2015.
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