Caracas, (Prensa Latina) O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, recusou hoje as declarações do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, que qualificou de mal gosto público a cooperação militar entre a Rússia e a nação sul-americana.
Atualmente 75 dos 107 programas da nação nortista para o intercâmbio em matéria de segurança operam na América Latina, acrescentou o chanceler como resposta às acusações de Pompeo depois da chegada de uma representação da Força Aérea Russa a este país para realizar um exercício de vôos operativos combinados.
‘O Governo da Rússia tem enviado bombardeiros à outra parte do mundo, a Venezuela. Os russos e os venezuelanos deveriam ver isto como o que é: dois governos corruptos mal organizados nos fundos públicos e reprimindo a liberdade enquanto seus povos sofrem’, apontou o secretário estadounidense na rede social.
Estas declarações foram conceituadas como insólitas pelo titular da diplomacia venezuelana, que assegurou que Washington questiona o direito soberano à cooperação em defesa e segurança da nação com outros países no meio das ameaças de agressão militar proferidas pelo próprio presidente Donald Trump.
‘Se querem cooperar, levantem suas sanções contra a Venezuela’, escreveu também o chanceler.
Asseguro que os 50 milhões de pobres e famílias sem acesso à saúde pública nos Estados Unidos podem sugerir destinos mais justos para esses fundos, afirmou Arreaza ao referir-se ao orçamento militar de mais de 674 bilhão de dólares do Governo norte-americano para 2019.
Por sua vez, o secretário de imprensa do presidente russo, Vladimir Putin, Dmitri Peskov, considerou como pouco diplomáticas as observações de Pompeo, informaram hoje meios internacionais.
‘Por suposto, isto é pouco diplomático (…) Consideramos esta como uma declaração absolutamente inapropiada’, assegurou o representante de Moscou de acordo com o portal da televisora multinacional Telesur.