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quinta-feira, 28 março, 2024

Venezuela comemora levantamento militar liderado por Chávez

Caracas (Prensa Latina) A comemoração dos 30 anos da revolta civil-militar liderada por Hugo Chávez em fevereiro de 1992 começou nesta sexta (04) na sede do Cuartel de la Montaña, em Caracas, com um desfile militar.

O primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) Diosdado Cabello, um dos protagonistas desse evento, chefiou a delegação que participou do evento para prestar homenagem ao comandante, cujos restos mortais descansam no Mausoléu do quartel, localizado na paróquia de 23 de Enero.

Também estavam presentes outros participantes da insurreição que começou na madrugada daquele 4F, quando os militares se levantaram contra o governo neoliberal do ex-presidente Carlos Andrés Pérez.

Em 4 de fevereiro de 1992, numa tentativa de restaurar a dignidade da nação, um grupo de patriotas militares sob o comando do jovem Tenente Coronel Hugo Chávez organizou uma rebelião, que apesar de seu fracasso marcou o início do fim de uma era de democracias representativas corruptas e decadentes. Com a chamada Operação Zamora, da qual participaram membros do Movimento Bolivariano MBR-200, enraizado no pensamento de Simón Bolívar, Simón Rodríguez e Ezequiel Zamora, foi realizada uma revolta civil-militar com o objetivo de derrubar o governo corrupto.

Cerca de 2.362 homens pegaram armas, incluindo cinco tenentes-coronéis como cabeças visíveis do movimento, seguidos por 14 majores, 54 capitães, 67 segundos tenentes, 65 oficiais subalternos, 101 sargentos e pelo menos 2.000 soldados alistados.

Os objetivos militares não foram alcançados e a rebelião culminou em mais de vinte baixas e na prisão dos envolvidos, mas se tornou um resgate para a dignidade nacional.

Depois de ser capturado e para evitar mais derramamento de sangue, Chávez dirigiu-se às tropas e depois de reconhecer o fracasso da operação disse: “por enquanto os objetivos que nos propusemos não foram alcançados…”.

A expressão, que ao longo dos anos se tornou um símbolo de esperança, repetida pelo povo e seus líderes diante de qualquer adversidade, é considerada a primeira resposta organizada ao clamor popular pela verdadeira independência.

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