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quarta-feira, 19 fevereiro, 2025

Vazamento dos documentos EUA-OTAN contra a Rússia justifica invasão preventiva de Putin à Ucrânia

© Sputnik / David B. Gleason /

Cesar Fonseca

Algo mais ou menos óbvio: se vazou documentos secretos do governo americano sinalizando planos de ataque à Rússia pela Ucrania, supõe-se que esses planos secretos foram elaborados com conhecimento de Washington ou por sua colaboração tácita.

A operação secreta vazada produziu contradição de interesses entre os favoráveis e os contra à guerra na casa dividida que compreende os conflitos dentro do Estado Industrial e Militar Norte Americano.

A parte contrariada resolver divulgar o que sabe para melar o negócio.

Ou seja, ficou explícita a implosão dos interesses imperialistas; os favoráveis e os contrários à guerra se opõem em meio as disputas políticas que emergem no contexto americano de disputa eleitoral marcada para 2024.

Há os que, como Donald Trump, potencial candidato, culpam Biden pela fragilização do dólar no ambiente da guerra que favorece não apenas Putin mas sobretudo sua aliança comercial-militar com Jiping.

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© Sputnik / Sergei Karpukhin

ESTRATÉGIA PUTIN-JIPING

O acordo Rússia-China, acertado poucos dias da invasão russa em território ucraniano, cujas consequências são aprofundamento da crise mundial, depois das sanções comerciais de Biden a Putin, estão pondo vim ao hegemon americano no cenário da financeirização economia global.

A guerra, no ambiente da financeirização, favorece, tão somente os bancos e as indústrias armamentistas, enquanto espalha desarticulação tanto nos Estados Unidos como na Europa e, também, em toda periferia capitalista ocidental, mergulhada em recessão, inflação e desemprego.

A economia de guerra sustentada por Biden trata, tão somente, de sustentar produção de não-mercadorias, produtos bélicos e espaciais, destinados à imediata destruição, inconsumíveis no modo burguês de produção.

A sociedade americana não estaria sendo mais beneficiada pela financeirização tocada pela guerra, visto que seu resultado é o crash do sistema bancário ameaçado por bolhas especulativas propensas à implosão com possível hiperinflação global, repeteco ampliado da crise de 1929.

AÇÃO PREVENTIVA DE PUTIN PLENAMENTE JUSTIFICADA

Sobretudo, o vazamento dos documentos que atestariam planos dos Estados Unidos-OTAN de invadirem a Rússia mediante guerra por procuração, justificaria ou não decisão de Putin de agir preventivamente ao invadir a Ucrania antes que fosse atacada?

O contra-ataque russo estaria justificado, se os documentos vazados contiverem a real intensão americana-otanista de levar àquilo que involuntariamente Biden admitiu, ou seja, mudança de regime em Moscou para destruir, politicamente, Putin.

A Rússia, que fizera inúmeros alertas e propostas de paz ou acordos de acomodação com o ocidente no sentido de deixar claro que não aceitaria os propósitos da OTAN de incorporar a Ucrania ao seu espaço geopolítico, decidiu pela invasão dos territórios ucranianos ocupados, historicamente, por russos, depois que estes pediram socorro contra ação de Kiev em destruí-os mediante apoio da geopolítica de Washington, apoio esse que continua a plena carga, já que virou o âmago da macro-geopolítica americana.

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