Montevidéu, (Prensa Latina) O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Francisco Bustillo, previu que a proposta do governo de tornar o Mercado Comum do Sul (Mercosul) mais flexível dificilmente será resolvida ‘num piscar de olhos’.
A mídia uruguaia relatou um diálogo anterior com o chefe da diplomacia brasileira, Carlos Franca, que apoia o relaxamento, enquanto a Argentina e o Paraguai mantêm, em princípio, a posição de não permitir acordos comerciais fora do bloco.
Bustillo admitiu que, sem alcançar o consenso necessário, a intenção de seu país de negociar independentemente do Mercosul com países terceiros naufragará mais uma vez.
A reunião, sob a presidência semestral da Argentina, também contará com a presença dos ministros da economia, e serão trocados critérios sobre a tarifa externa comum.
Embora questões recorrentes sejam abordadas, sua discussão foi reavivada há um mês, quando o Uruguai criticou abertamente o funcionamento da união na cúpula presidencial convocada para celebrar o 30ú aniversário da criação do Mercosul.
Seu presidente, Luis Lacalle Pou, advertiu que o bloco ‘não pode e não deve ser’ um ‘fardo’, o que seu homólogo argentino, Alberto Fernández, rejeitou como uma idéia que, em sua opinião, ‘pouco faz para promover a unidade’.
Fernández pediu mais tarde ao país vizinho que formulasse formalmente suas propostas para maior flexibilidade.