Paris (Prensa Latina) O diretor geral adjunto da UNESCO para a Prioridade África, Firmin Edouard Matoko, destacou hoje a contribuição de Cuba para o continente africano em termos de educação e saúde, apoio ratificado no contexto da Covid-19.
Em entrevista à Prensa Latina nesta capital, o responsável também pelas Relações Exteriores da entidade multilateral mencionou as oportunidades de estudo que a ilha caribenha oferece a muitos jovens africanos, com milhares de graduados de diversas especialidades nas últimas décadas. Também nestes tempos de pandemia de Covid-19, soubemos que médicos cubanos chegaram ao continente para ajudar vários países a lidar com ela, destacou.
Matoko destacou o reconhecimento dessas ações pela Unesco como uma importante contribuição para o trabalho de apoio à África.
Em relação a Cuba, o vice-diretor geral destacou os vínculos e o trabalho conjunto em várias iniciativas com a Comissão Nacional Cubana para a UNESCO e a Missão Permanente da nação antilhana junto à organização, uma delegação chefiada pela embaixadora Yahima Esquivel. Temos programas importantes na América Latina, como os relacionados aos povos afrodescendentes e a Rota do Escravo, que atravessa a história e ensina às crianças o que aconteceu com esses seres humanos, acrescentou.
Em seu diálogo com a Prensa Latina, Matoko reiterou a prioridade que a UNESCO dá à África em suas áreas de competência: educação, ciência, cultura e comunicação.
Continuamos um programa especial de apoio ao continente que remonta à década de 1980, e o fazemos através de mais de 30 escritórios nacionais e regionais, e em coordenação com a União Africana (UA) e outras organizações.
O acesso inclusivo das meninas à educação, a identidade cultural, o estudo da história, o reconhecimento do seu rico património e a cultura de paz destacam-se entre os temas do acompanhamento, enquadrados na Agenda 2063 estabelecida pela UA para promover o desenvolvimento socioeconómico.