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sábado, 21 dezembro, 2024

Triste futuro se delineia para as Forças Armadas brasileiras

Da redação do Pátria Latina

O neoliberalismo é ideologia farsante. E há militares, cada vez menos numerosos, que assim entendem e buscam excluir as Forças Armadas Brasileiras dos súditos das finanças apátridas. A condição minoritária destes patriotas nacionalistas se desvenda, mais uma vez, com o episódio que este Pátria Latina noticiou em 14 de outubro, este último sábado, com título “Ladrões levam 21 metralhadoras do Exército Brasileiro; 13 delas podem derrubar aeronaves”.

Qual a relação que se estabelece entre as duas afirmativas?

Na década de 1980, ainda se debatia intramuros a questão oriunda da Guerra Fria – comunismo vs capitalismo – e a que surgia da nova ideologia, igualmente globalizante – individualismo exacerbado vs cidadania. O neoliberalismo, individualismo exacerbado, ganhou a eleição de 1989 e se tornou, rapidamente, a ideologia dos governos brasileiros.

Qual comportamento adotaram as Forças Armadas (FFAA)?

Tome-se o Exército Brasileiro (EB), a Força mais numerosa, que tem presença em todo território nacional, e executa também atividades de segurança interna, como representativo do conjunto militar.

Ainda hoje, quando o neoliberalismo já está apresentando sinais de derrota no contexto mundial, sua moeda – o dólar estadunidense – se enfraquece como o grande valor de reserva financeira, as FFAA ainda parecem hesitar na defesa dos interesses nacionais, diante da pressão das finanças internacionais, apátridas.

Ouvido pelo jornal Folha de S.Paulo, o gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, afiançou “Mesmo que as armas não tivessem condições imediatas de disparo, o desvio é absurdamente preocupante, pois o crime dispõe de armeiros com condições de prestar manutenção e produzir em máquinas modernas peças faltantes, ou mesmo “canibalizar” uma arma para consertar outra”.

O jornal O Globo, em sua forma oblíqua de apresentar uma suspeita, insinua que num momento de conflitos internacionais, arma deste porte tem amplo e rentável mercado. Ou seja, estando no poder um sistema que privilegia o lucro rápido e fácil, não há moral ou disciplina que resista ao suborno.

Seria este o destino das FFAA brasileiras?

Os governos no Brasil, com suas características diferentes, têm sido, desde a sucessão do Presidente Ernesto Geisel, todos eles neoliberais, ou seja, têm deixado para as finanças a difusão de sua ideologia e feito vista grossa para os “deslizes” de procedimentos, para as decisões que claramente são incompatíveis com a defesa da Nação, em especial pelos que são responsáveis por ela.

Tanto que, para analistas das FFAA, parecia estar surgindo nas três Forças, quadros de altas patentes, interessados no profissionalismo militar, no afastamento do militar da política, um facilitador dos desvios de conduta que, no caso em questão, levam à associação criminosa.

Será muito indicativo o desfecho desta situação dentro das próprias FFAA.

Como poderá acabar este furto de armas? Como um roubo de cidadania?

Se não houve violência na subtração das armas, o mesmo não se dá se comprovada a associação criminosa pois é a violência à cidadania, à proteção que todos esperam das FFAA, que está na própria associação, na violação do direito à segurança de ir e vir, do exercício cotidiano da brasilidade.

Se verdadeira a iniciativa de oficiais de altas patentes em exigir aos homens da caserna que delas só saiam para o exercício de suas funções exclusivas, então não é uma iniciativa meramente midiática o projeto da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC): PEC 21/21.

“É imperativo emendar a Constituição para ampliar seu alcance democrático e republicano em relação ao necessário distanciamento dos militares das funções de governo. Aprimora-se, dessa forma, o modelo constitucional de isenção e apartidarismo das Forças Armadas, bem como a natureza civil da ocupação política do Estado mediante eleições livres, universais e periódicas”, como divulgou a Agência Câmara de Notícias.

Como se vê, caro leitor do Pátria Latina, há ainda muito caroço nesse angu. Estaria existindo a associação criminosa de milicianos com os militares? Ou se trata de corrupção local e específica? Ou o domínio corruptor das finanças internacionais invadiu os quarteis e o próprio estamento militar?

Não percam os próximos capítulos desta importantíssima questão que envolve a defesa nacional, nestas notícias e análises do Pátria Latina.

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