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Empresas transnacionais europeias vulneram os direitos fundamentais da população guatemalteca, mediante abusos de natureza trabalhista e contra o meio ambiente, reconhece a parlamentar da União Europeia (EU), Marina Alviol.
A Europa tem responsabilidade com essas empresas, admitiu a funcionária durante uma visita ao país centro-americano, e assegurou que levará a denúncia ante a máxima direção do bloco regional.
“Vamos levar a denúncia ao Parlamento Europeu. Não se pode permitir que se continue vulnerando os direitos humanos, impondo os benefícios privados de uns quantos por cima do bem-estar da maioria e do meio ambiente”, assinalou.
Duas semanas antes, membros da terceira Missão Internacional sobre o Direito à Alimentação e Nutrição apresentaram um informe que reflete a situação de quem mora em áreas cooptadas pelo capital transnacional, dedicado a projetos extrativistas da mineração ou da agricultura.
O informa questiona a permissibilidade das autoridades da Guatemala ante a expansão de projetos mineradores, como a cana, a palma africana e outros, sem considerar a segurança alimentar da população, em um país com incontáveis recursos naturais que podiam ser empregados para reverterem esse estado de fato.
Os pesquisadores constataram, além disso, o incremento das agressões contra ambientalistas, camponeses, povos indígenas, ativistas sociais e outros, cerca de 2,2 por dia, em um total de 805, em 2014.
As mulheres foram as mais afetadas por essa estratégia de coerção (55%), praticada por empresas guatemaltecas e transnacionais, assim como por forças do Estado, através de intimidações, assédios sexuais, violência, repressão e criminalização, detalha o documento, de 86 páginas.
Prensa Libre
Jornal guatemalteco