Buenos Aires, 7 jan (Prensa Latina) A Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) continua hoje em estado de assembleia e mobilização contra as demissões na administração pública, a recusa do governo argentino em aumentar salários e as ações contra os espaços de memória.
Em comunicado, a referida organização sindical denunciou que centenas de cidadãos foram expulsos das suas entidades de trabalho nos últimos dias, enquanto o Executivo se recusa a acordar aumentos salariais em negociações conjuntas, ordenou o encerramento do centro cultural Haroldo Conti na antiga Escola de Mecânica da Marinha. e desmantela políticas de verdade e justiça.
“2025 será mais um ano marcado por fortes conflitos no Estado. O Governo continua a destruir salários e empregos. As assembleias têm que ser realizadas em todo o país e se não houver respostas às principais reivindicações, devemos pensar numa nova medida de força de âmbito nacional”, afirmou o secretário-geral da ATE, Rodolfo Aguiar.
“Eles atacam as políticas de direitos humanos porque são negacionistas e querem legitimar os crimes atrozes da última ditadura civil-militar (1976-1983). Diante disso, temos que evitar o fechamento e defender todos os espaços de memória”, acrescentou.
Da mesma forma, considerou que por trás de cada emprego eliminado, há uma política pública que se desmonta e um direito que a sociedade perde.
Por outro lado, Aguiar exigiu que o Governo marque uma data para continuar a negociação salarial esta semana.
Deve haver um aumento que garanta que a deterioração sofrida pela renda seja compensada e impacte a próxima arrecadação. Temos um país que está cada vez mais endividado e a qualidade de vida da população piora a cada dia, afirmou.