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quinta-feira, 28 março, 2024

Tesouro americano está à beira de falência?

© Sputnik/ Natalia Seliverstova

O risco de que os EUA se encontrem em suspensão de pagamentos se multiplicou durante as últimas semanas de julho. De fato, sua dívida a curto prazo tem aumentado exponencialmente.

Paralelamente, o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) alerta que, nos finais do ano, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos poderá ficar sem dinheiro caso o Congresso não eleve o teto da dívida.

O valor dos chamados títulos do Tesouro dos Estados Unidos, ou “t-bills”, de outubro — uma forma de investimento segura garantida pelo Estado — se reduziu drasticamente durante a terceira semana de julho, sendo que sua rentabilidade aumentou.

Ao mesmo tempo, o mercado americano está começando a considerar que o encerramento do governo dos EUA por duas semanas é um cenário possível, algo que se traduziria em a administração de Trump não ter dinheiro para pagar todos os serviços públicos.

De acordo com o CBO, caso o teto dos gastos permaneça na mesma, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos ficará sem fundos já em meados de outubro do ano corrente, o que conduzirá a demoras nos pagamentos de programas e atividades governamentais, ao incumprimento da dívida ou a ambos ao mesmo tempo.

“Em conformidade com as avaliações do Escritório do Orçamento, se estima que caso o teto da dívida não suba, o mais provável será que o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos fique sem dinheiro. O CBO calcula que o déficit deste ano será de US$ 693 bilhões, mais 134 bilhões do que se esperava em janeiro”, afirma a entidade.

De acordo com a instituição estatal, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos tem estado aplicando desde 2015 e até agora “medidas extraordinárias” para obter empréstimos durante um período de tempo limitado.

Para evitar tal situação, o CBO propõe que o governo aplique seis medidas, a maioria das quais se baseia em suspender a emissão de títulos do Estado.

Durante o mês de julho, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, apelou ao Congresso para que elevasse o limite da dívida antes das férias de agosto e recomendou não atrasar as medidas até o último momento. Também alertou que, quanto maior forem as possibilidades de aumentar este limite — sendo que a incerteza de apoderaria da economia — mais provável seria uma reação negativa por parte dos mercados financeiros.

A crise de dívida nos EUA é um tema recorrente todos os anos e um perigo permanente para o país. A menos que o presidente norte-americano, Donald Trump, e o Congresso dos EUA unam esforços para combater o crescimento da dívida pública, o futuro de Washington permanecerá nebuloso.

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