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quarta-feira, 17 abril, 2024

Terreiro de candomblé da Bahia lança museu virtual Oba L’Okê 360°

“O [terreiro] Obá L’okê vem cumprindo um papel decisivo na luta de enfrentamento e empoderamento dos negros e negras ao longo de sua existência”, afirma Vilson Caetano – Jamile Coelho
Lançado nesta quinta (28), projeto permite visita 360° em terreiro e conta com divulgação de empreendedores negros
Jamile Araújo
Brasil de Fato | Salvador (BA) |

O terreiro baiano Ilê Obá L’Okê lançou, nesta quinta-feira (28), o projeto Oba L’Okê 360°, um site no qual será possível realizar um tour virtual pelo terreiro, localizado em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador.

Realizado em parceria com a Estandarte Produções, o projeto foi contemplado no Edital Bahia Década Afrodescendente – Edição 2020, promovido pelo Governo da Bahia através da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial.

Além do tour virtual com vista em 360°, o projeto conta com catálogo virtual para divulgação de empreendedores negros, estante virtual e curso de marketing digital. O curso é uma das ações complementares do Obá L’okê 360°, voltado para empreendedores negros, e as aulas serão realizadas do dia 28 à 31 de janeiro.

O lançamento do projeto contou com a participação de Fabya Reis, secretária de Promoção da Igualdade da Bahia;  Vilson Caetano, babalorixá, escritor e antropólogo; Jamile Coelho, cineasta e fundadora da Estandarte Produções; e Rodrigo Siqueira, artista plástico, ilustrador e cenógrafo, axogun do terreiro e autor das obras que compõem o acervo arquitetônico e artístico do Ilê Obá L´Okê.

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Assista ao lançamento na íntegra:

Combate à intolerância religiosa no Brasil

A data do lançamento foi escolhida em virtude do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa no Brasil — 21 de janeiro, instituído pela Lei n° 11.635/2007, em homenagem à Mãe Gilda, Yalorixá do terreiro Axé Abassá de Ogum, vítima fatal das consequências do racismo religioso em 2000.

De acordo com Vilson Caetano, Babalorixá do Ilê Oba L’Okê, um dos objetivos do projeto é estreitar a relação entre as  pessoas e as religiões de matriz africana, e, ao mesmo tempo, ajuda no enfrentamento ao racismo que gera ódio e a intolerância com as suas expressões.

Leia mais: Intolerância religiosa ou racismo religioso?

“O Obá L’okê vem cumprindo um papel decisivo na luta de enfrentamento e empoderamento dos negros e negras ao longo de sua existência. Desta forma, abrir a casa de forma virtual através de uma ação inédita é ao mesmo tempo contribuir com a consolidação dos elementos negro africanos no Brasil. É também uma maneira das comunidades terreiros se reinventarem neste novo contexto de pandemia”, afirma Vilson.

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Fonte: BdF Bahia

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