247 – “Entre sexta-feira e ontem, quando o Datafolha fez sua última pesquisa, Jair Bolsonaro cresceu quatro pontos, passando de 28% para 32%, apesar das manifestações nacionais que as mulheres fizeram contra ele no sábado. O petista Fernando Haddad encolheu de 22% para 21%, e se não se recuperar, irá para o segundo turno enfraquecido”, reforça a jornalista Tereza Cruvinel, em sua coluna no Jornal do Brasil.
“O que deu impulso a Bolsonaro foi o troar do antipetismo, no discurso de Alckmin e concorrentes, através das manobras do STF para calar Lula e da jogada de Moro ao liberar a delação de Palocci. A guerra do segundo turno está se antecipando e será pesada, talvez suja mesmo”, acrescenta. A jornalista afirma que a “erupção do antipetismo barrou Haddad e fez sua rejeição subir de 32% para 41%”, continua.
“Nesta hora tão sombria, vem de um lúcido representante da alta burguesia industrial, o empresário Ricardo Semler, sóbrias e sensatas advertências à sua classe, em artigo publicado ontem na Folha de S. Paulo: ‘Colegas de elite, acordem. Não se vota com bílis. O PT errou sem parar nos 12 anos, mas talvez queria e possa mostrar, num segundo ciclo, que ainda é melhor do que o Centrão megacorrupto ou uma ditadura autoritária. Foi assim que a Europa inteira se tornou civilizada. Precisamos de tempo, como nação, para espantar a ignorância e aprendermos a ser estáveis. Não vamos deixar o pavor instruir nossas escolhas'”, recorda Tereza.
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