Beto Barata/PR
Depois de servir um jantar para mais de 200 parlamentares às vésperas da votação da PEC 241, que congela os gastos públicos por 20 anos, Michel Temer convidou para um almoço no Palácio do Jaburu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, o ministro Geddel Vieira Lima e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes.
Apesar da tramitação do processo de cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer, no TSE, cujo presidente é Gilmar Mendes, o ministro Geddel classificou a reunião como um “encontro de amigos” que só tratou de amenidades. “Não foi um encontro administrativo”, disse.
“Foi uma conversa de velhos amigos. Foi uma conversa geral, uma avaliação de momento. O pessoal está otimista com o bom resultado da eleição, da aprovação da PEC [que limita gastos públicos] para refazer a situação muito difícil do país”, completou Gilmar Mendes.
A proximidade de Temer com Gilmar chama a atenção por conta dos interesses que giram em torno da ação que tramita no TSE, pois se o ministro do Supremo decidir colocar em pauta ainda em 2016 a ação que tramita no TSE, o Brasil poderia ter eleições diretas. Empurrando a questão para 2017, o Congresso elegeria um presidente de forma indireta.
O convite ao FHC vem depois que o tucano dizer em entrevista que o governo de Temer era uma “pinguela”. “Defino o governo atual como uma pinguela, que é algo precário e pequeno, mas, se ela quebrar, você cai no rio e é melhor ir para o outro lado. O outro lado é a eleição de 2018”, disse FHC.
Do Portal Vermelho, com informações de agências