Essa medida mantém-se apesar do presidente da comunidade de Fuerabamba, a cargo do protesto, Gregorio Vermelhas, anunciou ontem à noite a abertura do caminho de acesso ao local, bloqueado desde o dia 4 de fevereiro.
Explicou que a medida, que impede a saída do mineral pela rota até que se realize a visita do premiê, Salvador do Solar, e dos titulares de Inclusão Social, Transportes e Saúde, que tratarão sobre das ações de desenvolvimento para esse território.
Segundo o acordo de distensão assinado no sábado último ao cabo de um diálogo promovido pela Igreja Católica, os mineiros deviam levantar ontem o bloqueio e o Governo revogar o estado de emergência estabelecido na zona de conflito.
No entanto, o convênio está pendente de sua aprovação de uma assembléia, iniciada hoje, da comunidade de Fuerabamba na qual participariam outras comunidades com reclamações pendentes com a MMG.
Em um acordo paralelo, a empresa comprometeu-se a pagar uma compensação à comunidade pelo passagem, com grande impacto ambiental, de seus caminhões carregados de mineral, para sua usina de processamento, principal demanda que motivou o protesto.
A MMG comprometeu-se, também, a cumprir outros compromissos sociais pendentes, como empregar a trabalhadores da mina. Um setor de Fuerabamba exige que o presidente Martín Vizcarra trate com o sobre o terreno e que sejam libertados dois advogados da comunidade detidos baixo acusação de instigar o conflito para extorquir à mina.
O premiê Do Solar assegurou que o acordo do sábado último é oficial e deve ser cumprido e antes o presidente Vizcarra disse que as reclamações dos trabalhadores são justas.
O dirigente Vermelhas demandou também que o governo participe os apoiando quando se reúnam com os representantes de MMG para lembrar o total do pagamento da compensação pendente.