Damasco (Prensa Latina) O vice-chanceler sírio, Faisal al Mekdad, denunciou que potências ocidentais e seus aliados na região fornecem substâncias tóxicas e outras armas a grupos terroristas neste território, difundiram hoje meios de imprensa em Damasco.
Mekdad enfatizou que tais ações violam a Lei de Proibição de Armas Químicas e pediu que a direção da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) investigue o fornecimento dessas substâncias a agrupamentos extremistas em solo sírio por parte dos Estados Unidos, Reino Unido e Turquia.
Denunciou que esses países, apoiados por uma forte campanha midiática e alegações de grupos terroristas, imputam ao governo sírio o suposto uso de armas químicas, sem nenhuma prova.
Sustentou que, pelo contrário, depois da libertação de diversas zonas anteriormente ocupadas por terroristas, autoridades sírias apreenderam nesses locais grandes quantidades de materiais especiais que contêm substâncias químicas de fabricação turca.
‘Segundo os especialistas, estes materiais são utilizados para a fabricação de armas químicas’, disse Mekdad.
Também mostrou munições de origem britânica e norte-americana que são usadas por agrupamentos terroristas.
Em outra parte de suas declarações, Faisal desmentiu mais uma vez a responsabilidade do governo sírio no suposto ataque químico em abril em Khan Shaikhoun, ao sul da província de Idleb.
De acordo com o governo sírio, as forças deste país realizaram nesse período um bombardeio contra um armazém de munições, onde o grupo Frente para a Conquista do Levante, outrora Al Nusra, conservava produtos altamente tóxicos.
Em reiteradas ocasiões, o Executivo deste país árabe pediu à OPAQ a realização de uma investigação séria e independente sobre o ocorrido, no entanto, os representantes desse organismo não visitaram ainda a região do incidente sob o pretexto de que existe insegurança no local.