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quarta-feira, 11 setembro, 2024

Senador Paulo Paim: ‘Governo não se sustenta até março’

Jefferson Rudy/ Agência Senado

OPINIÃO 19:14 15.12.2016(atualizado 19:16 15.12.2016) URL curta937681

Diante da sucessão de revelações sobre pagamento de propinas pelo Grupo Odebrecht a diversos políticos, inclusive atuais e ex-ministros do Presidente Michel Temer, aumentam as pressões no Congresso Nacional contra o próprio presidente da República.
Primeiro, foi o ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo Odebrecht, Cláudio Melo Filho, quem revelou que somente o PMDB recebeu das empresas mais de R$ 10 milhões de forma ilícita. Depois, foi o próprio ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, quem confirmou esses pagamentos.
Desta forma, Michel Temer, que foi presidente nacional do PMDB, vê-se cada vez mais pressionado. BETO BARATA/PR Câmara barra votação da PEC para eleições diretas caso Temer caia após o fim do ano.
Esta semana, inclusive, o Senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), da própria base aliada, sugeriu que, diante da gravidade da crise, Michel Temer tivesse “um gesto de grandeza e renunciasse à Presidência da República”. Temer, porém, disse que não tem a menor intenção de deixar o Palácio do Planalto.
Mais incisivo, o Senador Paulo Paim (PT-RS) disse à Sputnik Brasil que não vê possibilidades de o atual Governo se manter: “A situação é gravíssima e a posição do Presidente Michel Temer é muito delicada. Por muito menos do que isso a Presidente Dilma Rousseff foi afastada do cargo.
Agora, as denúncias dos empresários atingem diretamente o presidente da República e todos os ministros do chamado núcleo duro do Governo, como Eliseu Padilha e Moreira Franco.” Segundo Paulo Paim, a preocupação é manifesta no Congresso Nacional: “Os debates se sucedem em Plenário, e a minha convicção é de que este Governo não se sustenta até março.
Fala-se até numa tolerância até março de 2017 com este Governo. Não há mais condições políticas para Michel Temer prosseguir na Presidência da República”.
Em relação à proposta de renúncia de Temer, apresentada por Ronaldo Caiado, Paulo Paim observo
“Eu também já tinha falado nesta possibilidade. Foi em abril passado, quando um grupo de senadores, do qual eu participava, apresentou a ideia da renúncia de Dilma Rousseff (então ainda no poder) e de Michel Temer.
Como estávamos ainda na primeira metade do segundo mandato de ambos, haveria tempo para convocação de eleições diretas. Mas a ideia não foi aceita pelos parlamentares.
Agora, tudo indica que em 2017, já na segunda metade do mandato, teremos eleições indiretas com a escolha do próximo presidente da República competindo ao Congresso Nacional.”
Segundo ainda Paulo Paim, dois nomes estão sendo cogitados no Congresso para uma eventual sucessão antecipada de Michel Temer: o do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso (que já negou qualquer possibilidade de retornar à Presidência da República) e o do ex-ministro, ex-parlamentar e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim. …

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