Assunção, (Prensa Latina) O aumento de meninos e adolescentes em situação de rua mostra a ausência de políticas públicas para resolver esta problemática no Paraguai.
A situação dos menores abandonados nas vias públicas faz-se visível nas datas festivas, de acordo com as autoridades, mas igual a isso não exonera de responsabilidade do Estado, segundo o texto.
Explica como as ruas e avenidas do centro da capital se converteram em lar de muitos meninos, em sua maioria indígenas, onde vivem expostos a todo o tipo de violência, abusos sexuais e ao consumo de drogas perigosas.
Não poucos adolescentes vêem, agrega, ‘consumindo desde cola de sapateiro até o famoso crack (cocaína fumável)’, os alucinógenos ‘se convertem em via de escape para a solidão e em porta primeiramente para os delitos’.
‘As pessoas passam e deixam-lhes algumas moedas ou algo para comer; alimentando assim o círculo que os mantém à deriva sem proteção, a expensas de todo o tipo de perigo, sem futuro promissor e com a infância arrebatada pelo abandono estrutural’, assegura o autor.
Assinala que este drama ocorre em frente à indolência dos órgãos do Estado (incluídos municípios e estados), cuja as instituições se vêem ultrapassadas pela problemática.
Na Coordenadora pelos Direitos da Infância e a Adolescência (CDIA), explica, entendem que a presença de menores abandonados é o resultado da ausência de políticas públicas adequadas que possam ao menos dar contenção aos meninos, seus familiares e seu meio social.
Cita a Ricardo Derene, da CDIA, que disse que nesta etapa do ano se vêem mais meninos nas ruas pelo termino do ano escolar.
‘Porque também não existe todo o que implica o desenvolvimento integral dos meninos: programas de recreação onde tenham espaços de contenção e possam estar e desenvolver de uma forma mais segura’, afirma Derene.