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segunda-feira, 17 novembro, 2025

Seis soldados colombianos morrem em emboscada de dissidentes das FARC

O Exército colombiano relatou na manhã de segunda-feira a morte de seis soldados e outro desaparecido em um ataque realizado por membros do Grupo Armado Organizado Residual (GAO-r) das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) na região de Guaviare. Ele acrescentou que outros cinco soldados foram sequestrados, embora já tenham sido entregues.

“Guerrilheiros da facção ‘Jorge Briceño’, formada por dissidentes das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) sob o comando do vulgo ‘Calarca’, atacaram o 22º Batalhão de Infantaria ‘Joaquín París’ que patrulhava os antigos Espaços Territoriais de Treinamento e Reincorporação (AETCR), no departamento de Guaviare”, informou a instituição em um comunicado divulgado em sua conta nas redes sociais X.

Segundo o comunicado, seis soldados foram mortos até agora, incluindo um sargento, e outros cinco foram sequestrados. “Eles foram entregues à comunidade de Guanapalo por membros desse grupo armado ilegal.”

O Exército diz que está realizando uma “busca” para determinar o paradeiro de outro “soldado profissional” identificado como Jean Carlos Bolaño, que foi dado como desaparecido. O estado de saúde dos detidos é atualmente desconhecido, ele acrescentou.

Além disso, especifica que, após o ataque, foi ordenado o envio de tropas de apoio e “todas as capacidades de inteligência, mobilidade aérea e operacionais da região foram ativadas para reforçar a manobra militar na área”.

“Essas ações criminosas demonstram o descumprimento dos compromissos assumidos por meio dos acordos e protocolos assinados no âmbito da mesa de diálogo e negociação que o governo nacional mantém com o Estado-Maior dos Blocos das FARC, e que permanecem vigentes até hoje”, enfatizou o Exército.

Enquanto isso, o grupo armado que supostamente estava em processo de negociação com o governo nacional sob o chamado Projeto Paz Total assumiu a responsabilidade pela operação contra os militares colombianos, alegando que foi um ato de “legítima defesa”.

Depois da proposta de paz total de Petro, pouco se pode mostrar devido à falta de vontade política dos grupos armados irregulares que interferem neste país. 

Presidente Petro assume responsabilidade

O presidente Gustavo Petro solicitou a criação de uma comissão independente para examinar os acontecimentos em Guaviare, afirmando que a decisão de encerrar o cessar-fogo com as frentes sob o comando do vulgo “Calarca” deve ser avaliada.

“Sou responsável pela vida de cada jovem da Força Pública e quero que todos retornem em segurança para suas famílias, porque este governo se constrói em torno da vida, da sua defesa e do seu progresso. Na Colômbia, ninguém deve morrer nas mãos de outrem”, declarou o presidente.

Petro também destacou o cessar-fogo assinado com vários grupos ilegais, incluindo os dissidentes de “Calarcá”, em 18 de abril. “O acordo final tem apenas um mês a partir desse momento para concordar que as comunidades nos territórios organizarão obras e políticas públicas prioritárias em seus territórios, e organizarão a concentração de tropas em zonas especiais para renunciar à violência”, disse o chefe de Estado.

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