Durante a manifestação cidadã na Praça da Revolução, o Estadista explicou a pressão exercida por Washington para expulsar a nação caribenha da Organização dos Estados Americanos (OEA) durante a reunião da entidade em Punta del Este,Uruguai, em 31 de janeiro do mesmo ano.
Segundo pesquisas históricas, nesse contexto e com o consentimento dos Estados Unidos, todos os países latino-americanos, exceto o México, romperam relações diplomáticas com a Cuba revolucionária.
A Segunda Declaração de Havana examinou as raízes históricas dos povos do continente e refletiu a decisão da ilha de resistir e construir o socialismo, apesar das dificuldades ou pressões.
Ontem, em 3 de fevereiro de 1962, o Presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, assinou o decreto 3447 que formalizava o bloqueio à ilha, medida que buscava sufocar a nascente Revolução e ainda está em vigor, apesar à rejeição internacional.
Na opinião de especialistas, com o seu discurso de 1962, Fidel Castro reafirmou a dignidade nacional, a autodeterminação e a soberania da maior das Antilhas.
Nesse sentido, o cientista político argentino Atilio Borón destacou que o documento tem ‘enorme valor histórico e também uma notícia rigorosa que as novas gerações de combatentes anti-imperialistas e anticapitalistas devem ler, estudar e, o mais importante, colocá-lo em prática. ‘
Durante a II Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em 2014, o chanceler da ilha, Bruno Rodríguez, afirmou que a posição de Cuba em relação à OEA se manteve inalterada desde a Segunda Declaração de 1962.
‘Não vamos voltar a isso, tem um peso histórico negativo como instrumento de dominação dos Estados Unidos que não pode ser resolvido com reformas’, disse.
O texto de 59 anos se conclui com uma das frases mais conhecidas da história da Revolução Cubana que o guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara leria mais tarde nas Nações Unidas:
‘Porque esta grande humanidade disse Basta! E começou a caminhar. E sua marcha de gigantes não vai mais parar até que conquistem a verdadeira independência, pela qual já morreram mais de uma vez inutilmente.
Agora, em qualquer caso, aqueles que morrem, morrerão como os de Cuba, os de Playa Girón, morrerão por sua única, verdadeira e inalienável independência! ‘