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Hoje, em 4 de julho, no dia talvez mais importante para os Estados Unidos, o Dia da Independência, Washington recebeu felicitações bem esquisitas: o teste de um míssil balístico norte-coreano.
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O diretor-geral do Instituto dos Problemas Regionais e cientista político, Dmitry Zhuravlev, comenta o assunto para o serviço russo da Rádio Sputnik.
Para o especialista, tal coincidência não foi imprevista, pois como a Coreia do Norte é um país extremamente organizado e disciplinado, muito provavelmente se trata de uma mensagem nítida e clara: apesar da pressão por parte dos EUA, Pyongyang continua com seus testes e está pronta para se proteger.
O comportamento de Trump pode ser explicado de modo muito simples, de acordo com Zhuravlev.
“Pode-se compreender Trump, que apostou toda sua autoridade em que ele pode quebrar a Coreia do Norte, o que é, no meu ponto de vista, um erro, porque o regime norte-coreano é bem forte”, declarou o analista.
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Por outro lado, continuou ele, um país que já tem algumas forças nucleares e mísseis, mesmo que eles nem sempre atinjam os alvos, não é um país que pode ser ‘quebrado’ pelos EUA. Por isso, na opinião do especialista, tudo acabará com um impasse.
“Trump está enganado se pensa que pode resolver este problema de modo rápido e fácil”, opina Zhuravlev.
Os EUA têm apenas uma única esperança que é a China, no entanto, Pequim e Pyongyang, têm laços fortíssimos, por isso, neste assunto a China não pode ser aliada dos EUA. O cientista político destaca que são poucos os passos que os vizinhos da Coreia do Norte podem empreender.
“Infelizmente, foram os EUA que mostraram que o ‘caminho norte-coreano’ é único jeito eficaz. Pois se a Coreia do Norte parasse seus testes, ela simplesmente poderia se encontrar no lugar do Iraque. O Iraque não tinha armas de destruição em massa, mas graças à sua ‘presença’ se desencadeou a guerra, a derrocada total do país, a eliminação do regime”, sublinhou Zhuravlev.
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