Manágua(Prensa Latina) A Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) tem todos os otivos para comemorar hoje, depois que os resultados preliminares das eleições de domingo lhe deram 74,99 por cento dos 1.424.642 votos contados.
Tal resultado, com o escrutínio de 6.629 seções eleitorais, 49,25% dos 13.459 que estavam em funcionamento, marca claramente uma tendência irreversível.
Ao anunciar a primeira contagem dos votos quase no meio da manhã de segunda-feira, a presidente do Conselho Supremo Eleitoral (CSE), Magistrada Brenda Rocha, anunciou que às 13h00, horário local, este poder estadual apresentará um segundo relatório sobre a eleição, que incluirá a alocação dos votos para os deputados, 90 para a Assembleia Nacional e 20 para o Parlamento Centro-Americano.
O partido do governo, liderado pela Alianza Unida Nicarágua Triunfa, ganhou o apoio de 1.014.334.334 das cédulas contadas no primeiro dia da disputa.
Como nas eleições gerais anteriores, o Partido Liberal Constitucionalista (PLC) foi o segundo partido mais votado, com 194.745 votos a favor, representando 14,40 por cento do total de votos contados.
Os 10,61 pontos percentuais restantes foram divididos entre o Partido da Via Cristã (3,44), a Aliança Liberal Nicaraguense (3,27), a Aliança pela República (2,20) e o Partido Liberal Independente (1,70).
Rocha informou que o comparecimento dos eleitores atingiu 65,34% dos quase 4,5 milhões de nicaraguenses inscritos nos cadernos eleitorais.
No departamento de Manágua, a principal demarcação territorial do país do ponto de vista eleitoral e político, a aliança do partido governante ganhou 72,66% dos votos contados, para os 15,68% do PLC.
Os militantes e simpatizantes da FSLN, que já haviam tomado as ruas e praças de todo o país para aguardar o anúncio de um resultado que pensavam ter ganho, estenderam a festa até quase o amanhecer da segunda-feira.
No final da tarde, foi anunciada uma reunião na Plaza de la Revolución da capital para o Presidente Daniel Ortega com os duzentos observadores internacionais que testemunharam a oitava eleição geral, a 49ª no total, realizada no maior país da América Central após a queda da ditadura de Anastasio Somoza Debayle, em 19 de julho de 1979.
Nas redes sociais, os sandinistas estão lutando contra os anúncios de vários governos da direita internacional, liderados pelos Estados Unidos e a União Europeia, de que não reconheceram o resultado eleitoral.
Após a votação ao meio-dia de domingo, o Presidente Ortega dirigiu uma mensagem à nação no rádio e na televisão, na qual enfatizou a ideia de que a paz havia enterrado a guerra.