A derrubada do presidente da Síria, Bashar Assad, se tornou irreal para os EUA depois que a Rússia iniciou sua operação militar naquele país, garante o professor de ciência política da Universidade de Chicago, John J. Mearsheimer.
“Os EUA foram um jogador-chave que alimentou a guerra na Síria desde o início, mas a intervenção da Rússia na Síria, em setembro 2015, significou o fim deste jogo para Washginton (…) Agora, para os EUA, é praticamente irreal derrubar Asad” – disse Mearsheimer.
O especialistas destacou que, diferente do Iraque e do Afeganistão, os EUA não enviaram seus militares à Síria, mas, ao invés disso, forneceram armas e financiaram forças opositoras ao presidente Assad. Na opinião do professor, a possibilidade de uma confrontação militar direta entre a Rússia e os EUA na Síria existe, mas “ninguém quer admitir isso”.
A Síria vive uma terrível guerra civil desde 2011. Em 30 de setembro de 2015, atendendo a um pedido do presidente Bashar Assad, a Rússia enviou sua Força Aeroespacial para ajudar exércitos de Damasco no combate a grupos extremistas como Daesh e Frente al-Nusra.