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quarta-feira, 23 outubro, 2024

Roberto Freire, o PPS descarado

Foto: Agência Brasil

Por Rui Daher

Mais do que escrever para o GGN e CartaCapital, sem nada receber, tenho pouco a fazer. Depois do neo-Mourão, minha AK-47 tem pouco a fazer. Depois da GV e da USP, elite que somos, ganhei bem. Até que uma grande empresa, em que era vice-presidente, depois da privatização, faliu, e lá deixei minhas economias, obtidas com salários e poupanças. Há vinte anos, perdi tudo, só mantenho o bem de família, onde moro com mulher e filho. Com apenas isto, não há semana em que o corrupto Judiciário brasileiro não me ataque. Defendo-me graças a dois jovens advogados amigos.​

Não nego ser um inferno, mas assim continuarei enquanto puder.

Além de assinar os dois sites que me acolhem, pago para receber “Caros Amigos” e outas publicações de esquerda. Não posso, entretanto, além de trabalhar para a direita, sempre de olho em mim, ir além. Em nada mudarei, até porque o status 7.2 não me acrescente grandes esperanças.

Viajo muito e sei do Brasil que não está nas redes sociais (êpa, sociais, Joana, Julião, Severino, vocês estão nessa?). Não? Então não perdem nada. Inclusive a mim, que durante 50 anos pensei escrever e ajudá-los sem nada conseguir.

Nasceram num país rico que os faz pobres. Sabem disso ou não entendem como exigir uma transformação? Lula foi uma possibilidade. Não mais. Está liquidado. Não sabemos por quem. Ele mesmo e seu partido ou à reação que não quer mudanças, pois a ela sempre coube o Poder de amealhar boa vida exclusivista?

Tentei começar a escrever este texto acompanhado de música da Rádio USP. Terminou a Voz Usurpada do Brasil, e não veio música, mas a voz inconfundível de um descarado: Roberto Freire, em propaganda gratuita do PPS.

Em palavras imbecis, burras, descaradas, na essência, pedia a morte de Lula. Já o ouviram? É horrível, teratológico, de locutor de bordel, que se as espertas feministas não sabem existem no país.

Comunista, ele, como Raul Jungmann? Piada. É o maior crime que o homônimo escritor, jornalista, e psiquiatra, o verdadeiro Roberto Freire, “Cléo e Daniel”, poderia sofrer.

Imediatamente, saí da USP, e fui ao CD comemorativo de Aldir Blanc.

Resistam, por favor. Nem que seja apenas através da cultura, como fizemos entre 1964 e 1985.

No sábado, 7/10, estarei no AL JANIAH, autografando os últimos exemplares do “Dominó de Botequim”. Apareçam e a mitologia os contemplará com a felicidade.

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