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Representantes do Pentágono esperam que cooperação com militares russos na Síria seja reforçada. Para o analista político Dmitry Yevstafyev, os militares norte-americanos são a favor do estreitamento da cooperação com a Rússia somente em palavras. Confira mais detalhes da entrevista dele ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Os Estados Unidos esperam intensificar cooperação com a Força Aérea da Rússia na Síria, escreveu no dia 17 de setembro o jornal Washington Post.
A coalizão internacional, encabeçada pelos Estados Unidos contra o Daesh, acusou a Rússia de atacar as posições árabe-curdas das Forças Democráticas Sírias. Ao mesmo tempo, uma fonte curda disse à Sputnik que seis soldados das Forças Democráticas Sírias ficaram feridos na sequência do ataque da Força Aérea síria. O Ministério da Defesa russo respondeu que os parceiros americanos sabiam dos limites pré-definidos da operação militar em Deir ez-Zor.
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De acordo com o Washington Post, o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Joseph Dunford, comunicou a jornalistas que “o canal para resolução das situações conflituosas [entre militares russos e norte-americanos] ‘não deu certo’, quando aviões sírios e russos bombardearam as forças sírias apoiadas pelos EUA a leste do rio Eufrate”.
Dunford contou que no sábado, durante conversa telefônica com Valery Gerasimov, chefe do quartel-general russo, propôs que os chefes militares usassem este canal de comunicação “para detectar o deslocamento livre do inimigo na região do Eufrates” Ele adicionou que o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, teria discutido a situação com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov.
O cientista político Dmitry Yevstafyev, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, opinou que a coordenação das ações dos militares russos e norte-americanos na Síria na verdade é insuficiente, mas essa insuficiência não é culpa da Rússia.
“Eu faria uma pequena emenda à declaração dos norte-americanos. De fato, é preciso restaurar a cooperação, ao invés de consolidá-la. Na prática, vemos que a Rússia sempre cumpre suas obrigações muito bem ao informar suas ações para os EUA e para os outros países que participam da luta contra o Daesh e contra a Frente al-Nusra [ambas organizações terroristas proibidas na Rússia]. Por sua vez, os EUA algumas vezes não informaram suas ações planejadas ou já em curso, e recentemente têm ignorado abertamente advertências russas… Não é a primeira vez que nos damos de cara com a política dos EUA que violava o acordo da troca de informações. É de lembrar que, há pouco tempo, na mesma Deir ez-Zor aconteceu uma situação muito asquerosa, quando os Estados Unidos atacaram as forças governamentais sírias no momento em que elas estavam rechaçando ataque do Daesh”, ressalta analista.
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