por M K Bhadrakumar
Entretanto, o relatório do IISS diz:
Poderia ter havido transferências clandestinas dos motores a partir ou da Rússia ou da Ucrânia com o conhecimento das autoridades locais – ou mais provavelmente poderia ter havido contrabando clandestino pela máfia das fábricas que são mal guardadas. A máfia é activa tanto na Rússia como na Ucrânia. O IISS inclina-se a apontar o dedo à fábrica na Ucrânia (conhecida como Yuzhnoye, a qual tem instalações em Dnipropetrovsk e Pavlograd) e tem estado nas ruas da amargura desde 2006, quando a Rússia deixou de comprar a esta parte da cadeia de fornecimento da era soviética e assim a fábrica, outrora louvada, cerca de 2015 chegou à beira do colapso financeiro. Citando o IISS:
Várias questões se levantam. Significativamente, quase todas elas terão implicações para a trajectória das relações EUA-Rússia. A mais importante – o momento do relatório do IISS. As relações EUA-Rússia estão no fio da navalha. (Ver meu blog Rússia ansiosa quando EUA se preparam para retaliar .) Portanto, será que a inteligência russa pode ter vazado a informação de que já dispunha para respeitáveis fontes ocidentais de modo a enfatizar em capitais ocidentais que o ocidente acabara por criar uma ferida sangrenta na Ucrânia que está em vias de gangrenar? (Afinal de contas, o IISS tem profundas ligações com gente do Smiley .) É inteiramente concebível que a CIA e o Pentágono estejam à frente da descoberta científica do IISS. Terá isto alguma coisa a ver com informações ameaçadoras que se recusam a afastar de que a administração Trump está a revisitar a ideia moribunda de fornecer armas letais para atingir separatistas no Donbass apoiados pela Rússia – à qual a Rússia está a opor-se com unhas e dentes? Dito simplesmente, será alguém a disparar um clarão no céu nocturno a fim de transmitir o recado de que é uma ideia péssima fornecer armas letais à Ucrânia as quais mais cedo ou mais tarde inevitavelmente encontrariam o seu caminho para actores não estatais? Isto é uma coisa. Na verdade, a Rússia está ansiosa por negociar a crise ucraniana com a administração Trump. Mas a Rússia também espera que progressos sobre a Ucrânia levem a uma facilitação de sanções ocidentais. Agora, ao contrário, a última lei do Congresso dos EUA sobre sanções à Rússia proíbe expressamente a Casa Branca de negociar a remoção das mesmas sem a sua aprovação prévia. Se houve alguma vez um nó górdio à espera de ser cortado, aqui está ele. O IISS conclui enfatizando a alta importância dos “EUA e seus aliados, juntamente com a China e talvez a Rússia, para negociar um acordo que proíba futuros testes de mísseis e impeça efectivamente a Coreia do Norte de aperfeiçoar sua capacidade para aterrorizar a América com armas nucleares. Mas a janela de oportunidade será fechada em breve, de modo que a acção diplomática deve ter início imediato”. Contudo, um tal processo exige alto nível de coordenação e cooperação russo-americana. Naturalmente, ” Barkis está desejoso “. Mas estarão os EUA prontos a abandonar as sanções contra a Rússia? Há uma opção existencial a ser efectuada nesta altura, porque a inteligência russa deve estar actualizada quanto à Coreia do Norte. Paradoxalmente, os EUA precisam de inputs da inteligência russa para proteger o povo americano da potencial radiação nuclear. O relatório do IISS está aqui . Ver também:
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War with North Korea Cannot be Contained but Must Be Prevented (A guerra com a Coreia do Norte não pode ser contida mas deve ser impedida)
O original encontra-se em blogs.rediff.com/mkbhadrakumar/…
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
19/Ago/17