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quinta-feira, 28 março, 2024

RECRUTANDO GENERAIS: O STF ATUAL LEMBRA A IDADE MÉDIA EUROPEIA

Da redação do Pátria Latina

Causou surpresa, mas não foi explorado pela mídia, o General Fernando Azevedo e Silva, deixando a chefia do Estado Maior do Exército, ser indicado pelo comandante do Exército, o general Villas Bôas, para auxiliar do recém-empossado Ministro José Antonio Dias Toffoli, na Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O que o militar tem a ver com a dinâmica de um tribunal constitucional? Qual a especialidade do general relacionada às tarefas do STF ou do CNJ?

Com o aparente favoritismo do Capitão Bolsonaro, que tem um General com candidato a vice, na chapa à Presidência da República, ouvem-se vozes imaginando a remilitarização do Brasil. A volta a 1964.

Não é nossa interpretação.

O STF atual lembra a Idade Média europeia. Não só pelos retrocessos sociais e democráticos de seus julgamentos e omissões de julgamentos. Mas porque, como barões feudais, combatem uns com outros, sendo eventuais concordâncias as fugazes alianças dos senhores dos castelos.

Assim, cada um dos Ministros tem uma defesa e serve em contrapartida a um feudo.

Temos claro, por exemplo, o rico feudo tucano, com dois Ministros, um para cada ala do PSDB. A ala geral, da cúpula partidária, com o Ministro Gilmar Ferreira Mendes, e com o tucanato paulista, vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), o Ministro Alexandre de Moraes.

O Ministro Luís Roberto Barroso está suportado pelos colonizadores dos Estados Unidos. E, um por um, vão revelando a quem efetivamente servem.

Dias Toffoli conheceu a pressão que acabou por destruir totalmente a ex-Presidenta Cármem Lúcia Antunes Rocha, sem padrinho poderoso que a sustentasse, transformada em biruta de aeroporto, sem poder manter qualquer linha coerente de ação.

Colocado no STF pelo Partido dos Trabalhadores (PT) a quem traiu, estava solto no ar, ameaçado de ser joguete de grupos.

Aproveitando a época de pronunciamentos militares, no melhor ou pior estilo de governos ibero-americanos do passado nem tão remoto, Toffoli chama um militar para assessor. E no momento em que o judiciário rouba o protagonismo militar, na gestão para os colonizadores.

Assim vai se formando um novo establishment, um poder governamental no Brasil, como já tivemos vice-reis, capitães do mato e representantes comerciais.

Esta junção jurídico-militar poderá dar a Dias Toffoli um lugar em nossa história político-administrativa.

Veja que o Brasil vem caindo em termos civilizacionais desde que o poder financeiro tomou o controle da Nação, com Fernando Henrique Cardoso.

A mão de obra privilegiada para a juventude é de prestador de serviço, de baixa remuneração. Não encontrando aí seu espaço, e, como em “Haiti”, de Caetano Veloso, “quase pretos de tão pobres” serão cooptadas pelo tráfico de drogas.

Este, fazendo parte do sistema tucano paulista, está dominado pelo PCC. A intervenção militar no Rio de Janeiro tem por objetivo não explícito afastar o Comando Vermelho (CV). Com isso o PCC passa a ser a força maior e internacional da droga no Brasil, que não pune senadores com helicópteros.

Triste sina do país onde as chamadas elites atuam contra a Nação e seus habitantes.

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