Moscou, 14 jul (Prensa Latina) As vésperas da reunião do presidente russo, Vladimir Putin, e sua contraparte estadunidense, Donald Trump, aumenta consideravelmente a preparação de mensagens indiretas de ambos bandos.
No entanto, Pompeo, cujo país carece de algum tipo de legitimidade da ONU ou Damasco para manter forças na Síria, considera que o Irã não possui nenhum motivo razoável para manter nessa nação.
Precisamente, Rússia e destacamentos de voluntários do Irã foram chamados pelo governo sírio para cooperar na luta contra formações terroristas que Damasco denuncia são fruto do financiamento de armas das potências ocidentais.
O próprio Trump, em uma controvertida cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte lançou outro argumento nada conforme com a preparação de um encontro com Putin, ao referir às perspectivas do projeto de gasoduto Torrente Norte-2.
Para o mandatário norte-americano, Europa deve pensá-lo melhor à hora de participar no projeto de gás russo, enquanto reduz suas contribuições às despesas militares da OTAN.
A isso se unem outras declarações de servidores públicos da Casa Branca sobre as supostas condições que devem ser cumpridas nas conversas desta segunda-feira em Helsinki, como a devolução de Crimeia a Ucrânia ou a saída russa do conflito no Donbass.
Trata-se de dois temas susceptíveis para Moscou. Putin declarou que o tema da Crimeia estava fechado, isto é, essa península é parte da Federação russa e fim da discussão.
O Kremlin recusa em todo momento a participação de suas forças no conflito do Donbass e lume a Kiev a cumprir com os acordos de Minsk para uma saída pacífica a essa guerra, incluída a aprovação de um regime especial para o Donbass.
Com respeito a um terceiro ponto obrigado em evento Putin-Trump, isto é, a suposta ingerência russa nos assuntos internos estadunidenses, Washington também disparou outra salva, ao lançar acusações contra 12 militares russos.
A Casa Branca considera que os referidos militares interferiram comunicações digitais nos Estados Unidos para influir nas eleições de novembro de 2016, algo que foi recusado pelo deputado russo Alexei Chepa.
O resultado das presidenciais nos Estados Unidos não satisfez a alguns nesse país e por isso agora tentam dirigir responsabilidades para Rússia, comentou o vice-chefe do comitê de Assuntos Exteriores da Duma (câmara baixa russa).
Carecem da mais mínima prova para suas acusações infundadas, considerou Chepa.
Da parte russa, conheceu-se que sua força aérea realizou com sucesso uma prova com o novo míssil supersônico Kinzhal (Puñal), que destruiu seu objetivo a várias centenas de quilômetros, depois de ser lançado desde um interceptor modernizado MIG-31.
Ao referir ao encontro, o ministro russo de Assuntos Exteriores, Serguei Lavrov, considerou que um resultado ideal seria o descongelamento das vias de comunicação para o diálogo sobre assuntos cruciais.
Devemos, opinou, empregar todos os canais de comunicação para resolver discrepâncias e determinar os problemas sobre os quais precisamos trabalhar, em benefício de ambos países e da comunidade internacional, bem como da estabilidade estratégica.
A isso se agrega o fato de que as negociações decorrem no meio de uma guerra comercial, depois que os Estados Unidos impuseram medidas protecionistas para o rendimento a esse país de alumínio e aço, uma medida de consequências imprevisíveis.
Putin e Trump preveem um encontro privado e a nível de delegações, bem como uma conferência de imprensa, tudo o qual se calcula se estenda por três horas no Palácio Presidencial de Helsinki.
Síria, Ucrânia e a suposta ingerência russa controlam o ambiente do encontro, cujos resultados poucos atrevem-se a prognosticar, no meio de uma preparação artilheira de ambas partes em véspera da esperada cimeira.