Tegucigalpa (Prensa Latina) Os protestos estudantis mantiveram paralisadas hoje as atividades docentes na Universidade Nacional Autônoma de Honduras (UNAH) e aprofundaram a crise vivida há semanas pela instituição de educação superior.
Nesta terça-feira de manhã, membros do Movimento Estudantil Universitário bloquearam os acessos veiculares à instituição em Tegucigalpa como parte dos protestos, mas permitiram o acesso dos estudantes para participar das assembleias informativas.
Uma das manifestantes assegurou que a ocupação de edifícios no centro de ensino superior será mantida até se obter uma resposta das autoridades.
Alguns dias atrás os jovens exigiram a intervenção do Congresso Nacional para mediar o conflito, embora asseguraram que não desistirão de sua luta pela eleição de novas autoridades e poder participar na tomada de decisões.
Apesar da crise na UNAH vir se aprofundando há anos, os protestos estouraram desta vez por causa da judicialização de vários líderes estudantis.
Produto das manifestações, 19 alunos foram suspensos por cinco anos e acusados pelos delitos de usurpação e violação injusta da liberdade.
No entanto, a crise, longe de apaziguar-se, estendeu-se também nas últimas semanas a outras sedes universitárias do país, onde o presente período acadêmico poderia ser cancelado em diversas faculdades diante da perda de aulas.
Entre as carreiras que poderiam enfrentar um cancelamento do período acadêmico estão Química e Farmácia, Odontologia, bem como as faculdades de Ciências da Saúde, Engenharia e Ciências Sociais.
Além disso, as autoridades da Secretaria de Trabalho e Segurança Social analisam a possibilidade de suspender o salário dos professores da UNAH que não dão aula devido aos protestos.