19.5 C
Brasília
sábado, 18 janeiro, 2025

Primeiras reações da América Latina à crise na Síria

HispanTV – Nicarágua, Cuba e Brasil reagiram ao colapso do governo de Bashar al-Assad na Síria, após a tomada de Damasco no domingo por uma coligação insurgente.

A Nicarágua expressou a sua solidariedade ao povo sírio na difícil situação que o país enfrenta após a derrubada do governo sírio.

“No Governo de Reconciliação e Unidade Nacional, da nossa Nicarágua, abençoada e sempre livre, analisamos a situação na irmã República da Síria, e como sempre nos reunimos, e apelamos, ao respeito e à não ingerência, destacando a sabedoria dos povos que, como na Síria, vivem uma cultura milenar”, destaca um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Nicarágua, publicado domingo.

O Governo de Daniel Ortega na Nicarágua afirma na sua nota que se sente convencido de que “(os sírios) saberão encontrar os seus próprios caminhos, tomando as suas próprias decisões, na maturidade e conhecimento que os caracteriza”.

“Unimo-nos ao clamor de todos nós que no mundo defendemos a soberania, os direitos de estabilidade e de paz, para o bem do povo e a proteção dos valores e interesses fundamentais da humanidade”, abunda a mensagem da Nicarágua.

Da mesma forma, o presidente de Cuba , Miguel Díaz-Canel, tornou pública a sua preocupação com a soberania desse povo árabe, e com a integridade das missões diplomáticas em Damasco.

Em uma mensagem em

“Apelamos à preservação da soberania, integridade territorial e independência da Síria e à segurança das missões diplomáticas ali localizadas”, diz o post do líder cubano.

A China afirma que está a acompanhar de perto os acontecimentos na Síria e espera que a estabilidade no país árabe possa ser restaurada o mais rapidamente possível.

Também em comunicado, o Itamaraty expressou que “a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou seu apoio aos esforços que visam uma solução política para o conflito, desde que respeitadas a soberania e a unidade territorial da Síria .

O texto indica que, no sábado, o governo Lula manifestou preocupação com “a crescente violência na Síria e solicitou medidas para proteger tanto a população como a infraestrutura civil do país”.

“Todas as partes envolvidas devem agir com a máxima contenção e prudência”, instaram as autoridades brasileiras.

Por sua vez, o Governo Lula reafirmou o seu apoio a uma “solução política e negociada” para o conflito e destacou a importância de respeitar plenamente o direito internacional, em particular o direito humanitário, bem como a soberania e integridade territorial da Síria. Além disso, reiterou o seu compromisso com as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU.

Por sua vez, o Governo de Javier Milei na Argentina enviou um alerta aos seus cidadãos para deixarem a Síria em meio ao “avanço de grupos rebeldes em direção a Damasco”.

“O Itamaraty informa aos cidadãos argentinos que o conflito no noroeste da Síria piorou, deteriorando a situação de segurança, razão pela qual se recomenda aos cidadãos que evitem todas as viagens à Síria e deixem o país o mais rápido possível enquanto as companhias aéreas comerciais ainda estiverem operacionais.”

O colapso do governo de Al-Assad ocorreu na manhã de domingo, depois que grupos armados, liderados por Hayat Tahrir al-Sham (HTS), invadiram e capturaram a capital, Damasco.

Estes grupos lançaram um ataque em grande escala contra Aleppo em 27 de Novembro, avançando em direcção a áreas-chave como Hama e Homs antes de chegar a Damasco.

Durante 13 anos, o governo de Al-Assad tentou travar o avanço do terrorismo que teve patrocinadores como os Estados Unidos e Israel.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS