Presidente etíope pede inclusão e acesso ao financiamento para África

Selassie pediu aos líderes do continente que facilitem o treinamento, especialmente para pequenas e médias empresas (PMEs), ao discursar na 57ª sessão da Comissão Econômica das Nações Unidas para a África: Conferência dos Ministros Africanos das Finanças, Planejamento e Desenvolvimento Econômico (COM2025).

Ele elogiou instituições pan-africanas como a AfroChampions por apoiarem empreendedores, mas destacou os desafios que eles enfrentam para obter financiamento e acessar mercados digitais.

Ele pediu proteção clara dos direitos de propriedade intelectual, leis de concorrência justa e processos burocráticos simplificados para aumentar a confiança dos investidores e promover o crescimento dos negócios internacionais.

“A criação de estruturas regulatórias transparentes e previsíveis é vital para atrair investimentos e promover a confiança empresarial transfronteiriça. “Devemos proteger os direitos de propriedade intelectual, garantir a concorrência justa e agilizar os processos burocráticos”, enfatizou.

Referindo-se à transformação digital como uma prioridade, o presidente etíope afirmou que o acesso à economia digital não é mais um luxo, mas uma necessidade.

Nesse sentido, ele apelou aos governos africanos para que invistam na alfabetização por meio do uso de ferramentas tecnológicas, plataformas de comércio eletrônico e infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação para garantir que nenhum país fique para trás neste setor.

Ele também alertou contra a dependência excessiva de incentivos externos, particularmente no setor têxtil africano, que, segundo ele, foi enfraquecido por acordos comerciais de curto prazo com condições estratégicas.

Ele pediu a priorização da autossuficiência e da colaboração intra-africana para criar uma base industrial sustentável.

A sessão ministerial de dois dias incluirá diálogos políticos de alto nível, o lançamento do Relatório Econômico da África 2025 e discussões sobre infraestrutura relacionada ao comércio, inclusão digital e investimento transfronteiriço.

Espera-se que os resultados da conferência definam ações políticas estratégicas que promoverão a implementação da Área de Livre Comércio Continental Africana e acelerarão a integração do continente na economia global.